Acho difícil Brasil reconhecer independência de regiões separatistas da Ucrânia, diz Mourão
O vice-presidente Hamilton Mourão (foto) afirmou na manhã desta quarta-feira, 23, considerar "difícil" que o Brasil reconheça a independência de regiões separatistas localizadas na Ucrânia. O general comentou o assunto ao ser indagado sobre a decisão do presidente da Rússia, Vladimir Putin, de declarar a independência das províncias de Luhansk e Donetsk, que, em território...
O vice-presidente Hamilton Mourão (foto) afirmou na manhã desta quarta-feira, 23, considerar "difícil" que o Brasil reconheça a independência de regiões separatistas localizadas na Ucrânia.
O general comentou o assunto ao ser indagado sobre a decisão do presidente da Rússia, Vladimir Putin, de declarar a independência das províncias de Luhansk e Donetsk, que, em território ucraniano, são controlados por militantes pró-Moscou.
"A gente sempre advoga a soberania dos países", pontuou, em frente ao Palácio do Planalto. "Nós sempre achamos que, por exemplo, para haver uma separação dessa natureza tem que haver um plebiscito, coisas assim, de modo que fosse manifestada por uma maioria étnica a vontade de se separar do país", emendou.
Na segunda-feira, 21, após reconhecer a soberania de Luhansk e Donetsk, Putin autorizou o envio de tropas militares para as regiões pretensamente para "manter a paz". As investidas levaram líderes das maiores potências ocidentais a anunciarem sanções contra a Rússia ou prometerem medidas duras para breve.
Em um dos principais exemplos, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou que as decisões da Rússia representam o começo da invasão da Ucrânia. "Vou impor sanções muito além do que nós e nossos aliados implementaram em 2014", prometeu o democrata, ontem. "Esta é uma flagrante violação da lei internacional e demanda uma firme resposta da comunidade internacional."
Biden falou em sanções contra duas grandes instituições financeiras russas, VEB e o banco militar. Também disse que haverá medidas contra a dívida soberana russa. "Isso significa que vamos impedir o acesso do governo russo ao sistema financeiro ocidental", acrescentou. "Eles não poderão mais levantar empréstimos no Ocidente e não poderão comercializar sua nova dívida no nosso mercado ou no mercado europeu."
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Comentários (6)
PAULO
2022-02-23 14:12:02Mourão para um general, externa ser ingênuo, na sua observação quanto a um plebiscito no imbróglio russo-ucraniano. Putin não quer negociar com o Ocidente. E o Ocidente não deve se curvar aos caprichos do autocrata russo. Veja a esquizofrenia da diplomacia brasileira. Critica a China, Cuba e governos de esquerda, e se alia a um autocrata, que quer trazer de volta o comunismo, se movimentando para impor isso, a um país soberano que não quer. MORO 🇧🇷
Bartolomeu
2022-02-23 13:29:07Difícil nem tanto. Se Lula for eleito será a primeira coisa que fará! Afinal, as cores vermelhas se misturam! Basta olhar as bandeiras da Rússia, da China e do PT.
Roberval J Kaminski
2022-02-23 13:22:32Corretíssimo o Gal. Mourão, nos dias atuais não se admite invadir um país soberano sob qualquer alegação. Exatamente como ele falou deve ser lançado um plesbicito e a vontade do povo deve ser atendida. Não fosse assim a Venezuela já teria sido invadida. O tempo das soluções armadas já lá se foram mas os russos e chineses não aprenderam...
MARCIO
2022-02-23 12:56:38Disse difícil, não impossível. Que coisa, o Brasil foi jogado por Nero no colo do Kremlin logo de cara
Marcello
2022-02-23 12:45:36Ora, ora, de repente aquele que nada sabe, resolve prestar um solidário apoio aos russos! Nunca está tão ruim que não possa piorar! Como a Mulher Sapiens fazia: dobrar a meta!
Jaime
2022-02-23 11:47:37"...a gente sempre advoga a soberania dos países..." Está certo. Mas é preciso lembrar que, a pouco tempo, Estados Unidos, França e Alemanha falavam sobre TIRAR a Amazônia do Brasil justificando a AGRESSÃO à nossa incapacidade em combater o desmatamento... Ou seja: invadir o país dos outros sobre falso pretexto só é válido quando a coisa se passa cá, nas antigas colônias, né?