Adriano Machado/Crusoé

Moro diz que inclusão de Bolsonaro no caso Marielle foi ‘disparate’

21.11.19 12:02

O ministro da Justiça, Sergio Moro (foto), defendeu em entrevista na manhã desta quinta-feira, 21, a federalização das investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes. O ministro classificou de “disparate” a inclusão do nome do presidente Jair Bolsonaro no inquérito da Polícia Civil, a partir do depoimento de um porteiro que mudou sua versão ao testemunhar à Polícia Federal.

“Há um possível envolvimento fraudulento do nome do presidente”, disse o ministro à rádio CBN. Moro lembrou que a investigação já havia sido atrapalhada anteriormente, por acusações falsas feitas por uma testemunha para desviar o foco dos verdadeiros asssassinos e mandantes. “Vendo esse novo episódio, em que se busca politizar a investigação indevidamente, minha avaliação é que o melhor caminho é a federalização”, defendeu.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou na manhã de hoje que a esquerda não está interessada em elucidar a morte de Marielle porque quer usar o homicídio “em causa própria”.

“O caso mais importante vocês não perguntam: o caso Adélio, então filiado ao PSOL”, afirmou o presidente a jornalistas, referindo-se a Adélio Bispo, que tentou matá-lo com uma facada na campanha eleitoral do ano passado. “Eu não faço acusações infundadas contra o PSOL”, disse. “Querem desviar o foco da atenção”, avaliou Bolsonaro.

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