Moraes autoriza novos depoimentos em inquérito sobre interferência de Bolsonaro na PF
O ministro Alexandre de Moraes (foto), do Supremo Tribunal Federal, autorizou nesta segunda-feira, 23, a Polícia Federal a tomar novos depoimentos no inquérito que investiga a suposta interferência de Jair Bolsonaro na instituição sem a necessidade de intimação da Procuradoria-Geral da República, da Advocacia-Geral da União e da defesa do ex-ministro Sergio Moro para a...
O ministro Alexandre de Moraes (foto), do Supremo Tribunal Federal, autorizou nesta segunda-feira, 23, a Polícia Federal a tomar novos depoimentos no inquérito que investiga a suposta interferência de Jair Bolsonaro na instituição sem a necessidade de intimação da Procuradoria-Geral da República, da Advocacia-Geral da União e da defesa do ex-ministro Sergio Moro para a formulação de perguntas.
O delegado Felipe Alcântara de Barros Leal havia questionado Moraes sobre o rito a ser adotado na sexta-feira, 23, quando informou que conduzirá novas oitivas, sem descrever os nomes que serão interrogados.
Leal indagou se permanecia o formato estabelecido pelo antigo relator do caso, o ministro aposentado Celso de Mello, que permitia a realização de "perguntas ou reperguntas por parte não apenas do Ministério Público Federal, como também dos advogados dos investigados".
A investigação foi aberta em 27 de abril, dias após Sergio Moro afirmar que Bolsonaro tentou interferir na PF para obter informações e relatórios de inteligência a fim de proteger aliados. O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública fez a acusação durante o discurso em que anunciou o pedido de demissão do governo federal.
O processo ficou parado por quase um ano diante de um impasse sobre a possibilidade de Bolsonaro depor por escrito. No mês passado, porém, Moraes permitiu a retomada das investigações antes de o plenário do Supremo decidir sobre o formato da oitiva do presidente -- o julgamento está agendado para 29 de setembro.
O inquérito apura se foram cometidos os crimes de falsidade ideológica, coação no curso do processo, advocacia administrativa, prevaricação, obstrução de Justiça, corrupção passiva privilegiada, denunciação caluniosa e crime contra a honra. Alguns desses crimes, como mostrou Crusoé, podem servir para enquadrar o próprio Moro caso ele não apresente provas das acusações que fez.
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Comentários (4)
Odete6
2021-08-24 02:08:38Tem que investigar muitíssimo bem, minuciosamente!!!! Todos nós presenciamos claramente o desenrolar dessa criminosa interferência e o esforço do DR. SÉRGIO FERNANDO MORO para proteger a instituição!!!!
Júlio
2021-08-23 16:56:38Ele tem que interferir e mandar sim, ele é o chefe. Essa investigação é ridicula.
Maria
2021-08-23 16:38:54PRECISA MAIS PROVAS AINDA!!!!
Palhaço Bozo
2021-08-23 15:44:00O vídeo da fatídica reunião verborragica do Minto já é prova mais do que suficiente para incriminar o estelionatario eleitoral, mas com certeza o Moro deve ter muito mais coisa contra o miliciano corrupto e genocida.