TV La Razon/ReproduçãoImagens de TV mostram movimentação na Plaza Murillo, sede do palácio presidencial em La Paz

Militares tomam centro de La Paz, na Bolívia

26.06.24 17:00

Militares do Exército boliviano tomaram nesta quarta-feira, 26, a Plaza Murillo em La Paz, onde fica o Palácio Quemado, sede do Executivo, e o Congresso. 

 

O presidente Luis Arce afirmou nas redes sociais que há “mobilizações irregulares” na capital e insinuou que pode estar ocorrendo uma tentativa de golpe de Estado em curso.

Denunciamos mobilizações irregulares de algumas unidades do Exército boliviano. A democracia deve ser respeitada“, escreveu Arce.

 

Crise institucional

Quem está liderando o movimento militar é o general Zuñiga. Na terça, 25, Zuñiga disse na televisão que o ex-presidente Evo Morales não poderia voltar a comandar o país.

“Não creio que ele vá ser eleito legalmente, pois está inabilitado”, disse Zúniga. “Esse senhor não pode mais voltar a ser presidente deste país.”

Zuñiga disse que o papel das forças sob seu comando é o de cumprir a Constituição, e que ele faria cumprir a inelegibilidade de Morales “com todas as ferramentas e os instrumentos que nos outorgam a Constituição”.

Quando questionado se prenderia ou mataria Morales, o general foi lacônico: “Somos um braço armado da pátria”, limitou-se a dizer. “Creio que isso ficou claro.”

A fala levou à imediata demissão do general pelo atual presidente Luis Arce Catacora.

Evo Morales defendeu uma greve geral e o fechamento de estradas. “Não permitiremos que as Forças Armadas violentem a democracia e amedrontem ao povo”, escreveu Morales nas redes sociais.

As manobras militares ocorrem duas semanas antes da visita de Lula ao país. O presidente brasileiro agendou viagem para encontrar com Luis Arce no dia 9 de julho — ambos iriam se encontrar, no entanto, em Santa Cruz de la Sierra, ao leste do país.

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