Miliciano usava veículo com 'placa policial', diz pecuarista que ajudou em fuga
Um novo depoimento do pecuarista Leandro Abreu Guimarães dá mais detalhes sobre os últimos passos do ex-capitão da PM do Rio de Janeiro Adriano Magalhães da Nóbrega, morto pela polícia no último dia 9 em Esplanada, a 170 quilômetros de Salvador. Adriano estava foragido da Justiça desde o começo de 2019 acusado de comandar a...
Um novo depoimento do pecuarista Leandro Abreu Guimarães dá mais detalhes sobre os últimos passos do ex-capitão da PM do Rio de Janeiro Adriano Magalhães da Nóbrega, morto pela polícia no último dia 9 em Esplanada, a 170 quilômetros de Salvador. Adriano estava foragido da Justiça desde o começo de 2019 acusado de comandar a milícia chamada de Escritório do Crime, na Zona Oeste do Rio, responsável por inúmeros homicídios. Crusoé obteve cópia do depoimento, prestado no dia 12. Pelo que se sabe até aqui, o pecuarista foi a última pessoa a estar com Adriano da Nóbrega antes de ele morrer.
Guimarães disse que Adriano andava pela região a bordo de uma camionete Hilux branca “com placa policial do Pará”. Policiais envolvidos na operação que matou o ex-capitão afirmaram em depoimento que localizaram o esconderijo de Adriano após informações de moradores sobre a caminhonete Hilux, vista perto da propriedade onde Adriano estava escondido. Não há registro sobre a apreensão desse veículo.
No mesmo depoimento, Guimarães reafirmou que passou o Réveillon com Adriano da Nóbrega em uma casa alugada em Costa do Sauípe e acrescentou um detalhe: afirmou que também estava lá um casal com “sotaque de fora”. O ex-capitão contou, segundo Guimarães, que eram fazendeiros do Pará.
Guimarães declarou que procurava uma propriedade de 100 mil reais para Adriano comprar na região, pois ele dizia que já possuía outras terras de uma herança e queria montar um haras, onde abriria uma pista. O pecuarista disse que o ex-capitão se interessava por cavalos Quarto de Milha, que têm valor médio de 40 mil reais.
A polícia ainda investiga as circunstâncias da morte de Adriano. Os policiais da Bahia dizem que o ex-policial reagiu à prisão e morreu durante uma troca de tiros. Antes de se abrigar no sítio onde foi morto, Adriano da Nóbrega se hospedara na fazenda de Guimarães. Os dois se conheciam havia pelo menos dois anos. Na noite de sábado, ao receber um aviso no celular sobre o cerco da polícia, o ex-policial se escondeu no sítio.
Nas redes sociais, nesta terça-feira, o presidente Jair Bolsonaro pediu uma perícia independente no corpo de Adriano. Bolsonaro diz suspeitar de execução. O ex-capitão tinha relação com o filho 01 do presidente. Em 2005, o então deputado e hoje senador Flávio Bolsonaro o homenageou com a medalha Tiradentes, a mais alta condecoração da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. À época, Adriano estava preso acusado de homicídio. Flávio também empregou a ex-mulher e a mãe do ex-capitão em seu antigo gabinete. As duas são investigadas no inquérito do “rachid”, esquema no qual parlamentares embolsam parte dos salários de funcionários. O senador nega ilegalidade. Ele também suspeita da morte na Bahia. Diz que Adriano pode ter sido torturado antes de morrer.
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Comentários (10)
Sílvio
2020-02-19 08:05:27Esta muito claro. Os governos da Bahia e só RJ estão envolvidos neste caso. O só RJ tem projeções políticas ao Planalto. Vale tudo. Como pode um ex juiz federal ter um comportamento tão baixo se aliando à um Petista pior ainda
JORGE
2020-02-18 22:09:10Todos os lulas tem o seu Daniel
João
2020-02-18 19:51:44Milicianos lá de Brasília estão nervosos...
Antonio
2020-02-18 19:17:45So gente boa essa turma do Flavinho
Cláudio
2020-02-18 19:03:17O filme sobre a execução do ex Cap. do BOPE/RJ Adriano, virou mini série. O MPF e a PF estão demorando a entrar no caso e parece que os Governos Bahiano e Carioca farão de tudo para impedir. Espero uma solução esclarecedora antes que este caso vire novela ou temporada!
HELIO
2020-02-18 18:50:42o carro pode estar com placa de qualquer lugar você vai na favela do Rio me arranja a placa que você quiser bora ficam para cá e para lá conversando fiado o que o tal do Adriano foi fazer lá foi concorrência afinal o b****** aqui o b****** lá ou em qualquer lugar só faz bandidagem eles não queimaram arquivo veja bem lá também tem milícia eles queimaram foi a concorrência tudo isso aí é um chove não molha o caso é criminal e também político o sujeito estava Assis cantando no galinheiro dos outros
Alexandre
2020-02-18 18:44:41Esse assunto já deu. Daqui a pouco morre outro miliciano e ninguém lembra desse aí. Vamos virar a página???
LuisR
2020-02-18 18:18:31Acredito que Bolsonaro não tinha afeição pelo negócio, mas o Flávinho tinha ou queria dar uma de gostosão pra aparecer ao condecorar um policial preso por homicídio, e ainda empregar parentes do tal capitão do Bope. Se tivesse ficado só no "rachidinho" de leve igual a todos os demais corruptos FDP's de todo o Brasil, não seria o suspeito que é hoje!
Eduardo
2020-02-18 18:05:43Por que Bolsonaro está tão preocupado com a morte desse bandido em particular? Até onde eu sei o presidente não tem especial simpatia por criminosos.
Geovani
2020-02-18 17:53:24ESSE ANGU ESTÁ CHEIO DE CAROÇO