María Corina sobre candidatura própria: “Sempre lutamos pelo plano A”
María Corina Machado, figura central da oposição venezuelana, reafirmou nesta quinta-feira, 18 de abril, que a sua própria candidatura na eleições de 28 de julho segue sendo o "plano A". “Sempre lutamos pelo plano A”, disse María Corina em entrevista à agência de notícias francesa Agence France-Press. A declaração se dá a dois dias do...
María Corina Machado, figura central da oposição venezuelana, reafirmou nesta quinta-feira, 18 de abril, que a sua própria candidatura na eleições de 28 de julho segue sendo o "plano A".
“Sempre lutamos pelo plano A”, disse María Corina em entrevista à agência de notícias francesa Agence France-Press.
A declaração se dá a dois dias do prazo limite, 20 de abril, para as coalizões alterarem seus candidatos.
Apesar de sua inelegibilidade, determinada pelo chavismo em janeiro, María Corina não deixou de realizar atos de campanha.
Em março, após o regime também barrar a candidatura da professora de filosofia Corina Yoris, indicada de María Corina, a oposição registrou o diplomata Edmundo González Urrutia como candidato provisório.
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Como a oposição chegou ao candidato provisório?
A oposição tinha uma pré-candidata confirmada no final de março: a outsider da política Corina Yoris, uma professora de filosofia de 80 anos.
Ela foi anunciada por María Corina, após a líder da oposição desistir de sua própria candidatura extraoficial — ela perdeu os direitos políticos em decisão do Supremo Tribunal de Justiça em janeiro.
Apesar de ter duas credenciais de partidos para poder registrar candidatos, a coalizão não conseguiu incluir o nome de Corina Yoris no sistema antes do prazo.
María Corina se pronunciou ao final da manhã desta terça, denunciando o impedimento da candidatura e reafirmando seu endosso à candidatura da professora de filosofia.
Quando serão as eleições na Venezuela?
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela anunciou em 5 de março que as eleições presidenciais deste ano ocorrerão em 28 de julho, aniversário do ex-ditador Hugo Chávez, falecido em 2013.
A data bate na porta do segundo semestre, período previsto para ocorrer o pleito, em respeito ao acordo de Barbados, firmado entre a ditadura e a oposição com a intenção oficial de garantir eleições limpas.
Foi a Assembleia Nacional da Venezuela, dominada pelo regime de Maduro, que iniciou, em fevereiro, o processo de consulta a autoridades e a integrantes da oposição para o agendamento da eleição.
Independentemente dos aportes da oposição, quem definiu a data foi o CNE, também aparelhado pelo chavismo.
Quanto mais curtas as eleições, mais fácil será para a ditadura fraudá-las.
Afinal, um cronograma enxugado dificulta o trabalho de observadores internacionais, assim como a organização de campanha de grupos opositores, que não contam com o aparato estatal a seu favor.
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