Marco Aurélio cita Flávio Bolsonaro e diz haver decisões do STF 'questionáveis'
Na abertura de seu voto, o ministro Marco Aurélio Mello (foto) afirmou que decisões do Supremo Tribunal Federal têm legitimidade "questionável" e criticou a inclusão da discussão sobre compartilhamento de dados do antigo Coaf no julgamento desta quinta-feira, 28. O ministro começou seu voto afirmando que "alguma coisa não está certa" e afirmou que o...
Na abertura de seu voto, o ministro Marco Aurélio Mello (foto) afirmou que decisões do Supremo Tribunal Federal têm legitimidade "questionável" e criticou a inclusão da discussão sobre compartilhamento de dados do antigo Coaf no julgamento desta quinta-feira, 28.
O ministro começou seu voto afirmando que "alguma coisa não está certa" e afirmou que o processo se tornou "momentoso porque ganhou uma conotação de processo objetivo, no que implementadas duas medidas liminares".
"A primeira, atendendo a requerimento do senador Flávio Bolsonaro, e a segunda, se estendendo a uma multiplicidade, um sem-número de procedimentos criminais no país, prejudicando-se a jurisdição na área sensível, que é a área da persecução penal e criminal", detalhou. O ministro prosseguiu dizendo que "a legitimidade das decisões do Supremo, hoje, é muito questionável".
A discussão sobre compartilhamento de dados financeiros no STF tem como base um recurso do Ministério Público em um processo envolvendo dados repassados pela Receita Federal sem autorização judicial. Por isso, inicialmente envolveria apenas o compartilhamento de informações pela Receita.
Marco Aurélio negou o recurso em seu voto e se posicionou contra o compartilhamento de dados sem permissão judicial. "Surge uma ironia: a Receita, parte na relação tributária, pode quebrar o sigilo de dados bancários, mas o Ministério Público não pode. Daí o surgimento desse vocábulo que passou a ser polivalente, que é o vocábulo 'compartilhamento”, criticou.
"Se diz que há de se combater a corrupção", disse o ministro. "Sim, há de se combater a corrupção, em todas as modalidades existentes. Mas tendo presente que, em direito, o meio justifica o fim, e não o fim o meio, sob pena de construir uma praça dos Três Poderes e um paredão, e passarmos a fuzilar os que forem acusados de terem causado algum dano ao setor público", advertiu Marco Aurélio.
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Comentários (10)
PAULO
2019-11-29 15:55:36Pior do que sugerir a volta do AI5 só mesmo a criação de um PAREDÃO, só imbecis tomando conta do Brasil.
Barros
2019-11-29 12:04:39Esse aí é mais debochado dos juízes do essetêefe.
Alexandre
2019-11-29 12:03:15Boa João!! Concordo plenamente!
João
2019-11-29 11:39:08Questionável é a existência de um ministro como ele, que entrou no STF pelo parentesco com o Collor de Mello. Nunca teve competência, só empáfia. Uma vergonha.
Alvany
2019-11-29 10:57:25...uma questão de ordem nacional foi mencionada pelo Ministro Barroso que são as EMENDAS PARLAMENTARES que nunca chegam aos seus destinos. É URGENTE, URGENTISSIMO sejam investigadas os destinos finais dessas EMENDAS. mUITOS criminosos ainda fazendo o que quer.
Walter
2019-11-29 10:47:35.......vive num universo paralelo......
Buiu
2019-11-29 08:56:46"Rachid" ou "Rachadinha" é a prática que todo o sistema judiciário tem conhecimento onde o vereador, deputado estadual, deputado federal, senador, retira parte do salário dos CCs para sua conta pessoal ou do partido e todos eles praticam esta imoralidade que é feita com o dinheiro público. Pegaram o Flavio mas com certeza há centenas de políticos que praticam esta imoralidade, tanto que o presidente teve que fundar um novo partido, pois esta mer... vai ser espalhada e o STF vai ter que julgar.
Maria
2019-11-29 08:01:45supremo merece ser a Geni,
Sergio
2019-11-29 01:21:45Supremo Tribunal Fake
Nysia
2019-11-29 00:22:37Cansei-me com a falta de organização da Empresa, Tentei, inúmeras vezes fazer assinatura de suas publicações, agora desisti.