Maduro não consegue deter investigações sobre crimes contra a humanidade
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro (foto), não conseguiu deter as investigação por crimes contra a humanidade, que estão sendo conduzidas pelo Tribunal Penal Internacional, o TPI. Nesta sexta, 1º de março, a sala de apelações desse tribunal rejeitou, por unanimidade, um pedido do governo da Venezuela para suspender a investigação. Neste mesmo dia, Maduro...
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro (foto), não conseguiu deter as investigação por crimes contra a humanidade, que estão sendo conduzidas pelo Tribunal Penal Internacional, o TPI. Nesta sexta, 1º de março, a sala de apelações desse tribunal rejeitou, por unanimidade, um pedido do governo da Venezuela para suspender a investigação. Neste mesmo dia, Maduro terá um encontro com o presidente Lula na ilha de São Vicente e Granadinas.
Em 2020, uma missão independente da ONU acusou Maduro de crimes contra a humanidade. Os especialistas estudaram quase 3 mil casos e produziram um relatório de 443 páginas.
“A missão encontrou motivos razoáveis para acreditar que as autoridades e forças de segurança venezuelanas planejaram e executaram graves violações dos direitos humanos desde 2014, algumas das quais – incluindo execuções arbitrárias e o uso sistemático de tortura – constituem crimes contra a humanidade”, disse Marta Valiñas, presidente da missão. “Longe de serem atos isolados, esses crimes foram coordenados e cometidos de acordo com as políticas do Estado, com o conhecimento ou apoio direto de comandantes e altos funcionários do governo.”
O documento destaca o assassinado de venezuelanos por razões políticas. “Essas execuções extrajudiciais não podem ser atribuídas à falta de disciplina das forças de segurança. Os oficiais de alta patente tinham comando e controle efetivos sobre os perpetradores e conhecimento das suas ações, mas não conseguiram prevenir ou suprimir as violações. Os assassinatos parecem fazer parte de uma política de eliminação de membros indesejados da sociedade sob o pretexto da luta contra o crime”, afirmou Marta Valiñas, em 2020.
Caso seja acusado por crimes contra a humanidade, Maduro deveria ser enviado para participar de um julgamento no Tribunal Penal Internacional, em Haia, na Holanda.
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