Casa Rosada

Macri limita a compra de dólares na Argentina

02.09.19 15:49

O Banco Central da República Argentina (BCRA) anunciou nesse domingo, 1º de setembro, que os argentinos não poderão comprar mais de 10 mil dólares por mês. A medida vinha sendo evitada pelo presidente Mauricio Macri (foto), que no início de seu mandato eliminou as restrições para a compra da moeda americana que existiam no governo de Cristina Kirchner.

“Macri precisou de uma margem maior de manobra para renegociar a dívida com o FMI. Como na quarta-feira, 28, ele disse que não tinha como pagar os primeiros empréstimos, o dólar começou a subir e foi preciso conter isso”, diz o economista Mauricio Ríos García, de La Paz.

As restrições de Macri são menos amplas do que as que vigoraram no governo de Cristina Kirchner. Desta vez, não há regras para quem atua no comércio exterior nem limites para quem viaja a outros países. Também está permitido sacar dólares das contas bancárias.

A decisão estatal já produziu resultados. Nesta segunda-feira, 2, o primeiro dia em que os limites entraram em vigor, o dólar chegou até a cair um pouco, de 65 pesos para 59 pesos. Porém, o país voltou a ter o dólar paralelo, chamado de “blue”, com uma diferença de 5 pesos da conversão oficial.

Apesar do efeito inicial, a preocupação no país é crescente. “Os sinais que o governo tem mandado não recuperaram a confiança do público. Pelo contrário. Essas medidas podem até acelerar a fuga de capitais”, diz Ríos García. “A Argentina segue sem anunciar um plano concreto. Nem Macri nem o candidato Alberto Fernández, da oposição, ofereceram alguma solução para esta crise.”

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  1. Próxima Venezuela. Com pouco tempo de governo o povo argentino maior produtor e consumidor de carne bovina do mundo estará consumindo cachorros e gatos, que já acabaram na Venezuela.

    1. Tudo descendedente de italiano. Portanto, da mesma sub-raça do dono dos bozistas, não é verdade?

  2. Nestor Kirchner não resolveu o problema, pois a economia já estava comprometida pelos efeitos da dolarização de fato imposta por Menem. A fraqueza do peso argentino fez com que a dolarização da economia, mesmo que não existisse oficialmente, existisse na economia real, sendo que isto perdura até hj. Os argentinos já estão sentindo um gostinho da realidade que os espera, mas é necessário que se mostre a eles de onde a raiz dos problemas atuais nasceu.

    1. Eles gastam mais que arrecadam, daí a fraqueza do peso.

  3. Mesmo que Kirchner quisesse fazer um discurso dizendo que combateu a dolarização, isto seria refutado pelo fato de que ela não mexeu em nenhum dos dois elementos: fortalecimento do peso e redução da dívida externa. Esta é a visão, a partir dela um conhecedor da economia argentina pode pegar o fio da meada e tecer a trama que trará até os dias de hj, criando a narrativa para demonstrar que os problemas da Argentina vem de longe e não de hj, que é necessário mais do que retórica e "boas" intenções

  4. Portanto, um plano crível deveria no mínimo buscar reduzir ao máximo a dolarização da economia e redução da dívida externa. (a dolarização de hj seria no sentido de dependência do dólar e fraqueza do peso argentino, não de paridade como quando implantado por Menem) Ou seja, a natureza do problema então muda, a raiz é a dolorização representada tanto pela fraqueza do peso argentino quanto pela elevada dívida externa, sendo que a origem principal do problema foi a paridade.

  5. Corrigindo e complementando. A paridade não é a raiz atual do problema, mas sim a origem maior. A raiz atual é o atrelamento da dívida pública ao dólar. Desta forma, a paridade implantada por Menem enfraqueceu o peso argentino em duas frentes, dolarização da economia e aumento da dívida externa. Combinando ambas com falta de disciplina fiscal, marca registrada do populismo e, por extensão, do próprio peronismo, a Argentina basicamente se tornou refém do mundo.

  6. Os peronistas causaram o problema, não oferecem solução alguma e ainda tentam sabotar quem tenta resolver o problema, como ocorreu ao longo do governo Macri, continuamente sabotado por forças que tinham seus interesses atingidos. O que é mais importante: a Argentina ou os peronistas mamadores que vivem de sabotar o país para viver às custas do povo? Kirchner é o maior exemplo de parasita, enrolada até o pescoço que só sabe se curvar aos outros (Lula, Chávez, Cuba e Odebrecht) por obséquios.

  7. Vender e mais fácil do que fazer. Se Macri tiver a solução para um problema de verdade que ninguém mais tem, então a escolha de continuar atolados na lama é dos argentinos. Essencialmente trata-se de vender duas coisas: o problema e a solução. Problema: paridade. Quem causou? Peronistas, não o peronismo. Solução: a de Macri, que é legítima pq reconhece a raiz do problema e oferece uma solução dura, mas alcançável.

  8. O realismo, a crueza e a dureza do plano de Macri são os elementos que separarão o joio do trigo. A chapa de Kirchner não vai querer impor sacrifícios à população e é aí que entraria a falsidade e o vazio de qq plano que eles apresentem. Não só foram eles que causaram o problema, mas agora apresentam soluções irreais e desconectadas da realidade. Além disto, o plano deve ser realista pq ele terá que ser implementado e será de longo prazo, muitas forças ocultas se levantarão contra ele.

  9. Não é uma solução de curto prazo, mas é a que corta o mal pela raiz, do contrário a Argentina continuará sofrendo espasmos de tempos em tempos sem jamais sair da condição em que se encontra. Um plano bem desenhado e completamente realista, sem esconder que será necessária uma adaptação e sacrifícios deveria ser feito. Aí entra a venda do plano, quanto mais realista e cru o plano for melhor, pois a chapa adversária certamente tentará criar algo para rebater.

  10. Crises são oportunidades, Macri deveria desenvolver um plano de longo prazo (um mandato ou mais) para corrigir a estupidez que o PERONISTA Menem fez e desvincular o peso do dólar. Ao mesmo tempo ele deveria estabelecer tb um plano para estabilizar a inflação e, com isto, fortalecer o peso argentino. Onde está o orgulho argentino, idolatram Che Guevara, mas nem uma moeda de verdade tem, país soberano e altivo tem moeda estável e forte.

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