Lula sobre guerra de Israel contra o Hezbollah: "Prova da insanidade humana"
Sem mencionar Hassan Nasrallah nem Benjamin Netanyahu, o petista voltou a atacar Israel ao discursar a um grupo de empresários no México
O presidente Lula (PT) voltou a atacar Israel nesta segunda-feira, 30, ao discursar a um grupo de empresários no México, onde acompanhará a posse da presidente eleita Claudia Sheinbaum na terça, 1º.
"Sou contra e condeno o que Israel está fazendo no Líbano agora, atacando e matando pessoas inocentes, porque só aparece nos jornais os líderes que eles querem matar, mas as pessoas inocentes que morrem, não aparecem. Por isso sou contra a chacina na Faixa de Gaza, já morreram mais de 41 mil mulheres e crianças, você vai ter que reconstruir o que levou séculos para construir", disse o petista na abertura do Seminário Empresarial México-Brasil, repetindo os números do Hamas.
"A guerra é a prova da insanidade humana, a guerra é a prova da incapacidade civilizatória de um cidadão que acha que pode, na explicação de ter que se vingar de um ataque, fazer matança desnecessária com pessoas que nem como se defender", referindo-se ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
Ao condenar a ação de Israel, Lula não mencionou Hassan Nasrallah, líder número 1 do grupo terrorista Hezbollah que foi eliminado na sexta, 27, durante ataque aéreo de Israel em Beirute.
Em entrevista a um canal português, o major israelense Rafael Rozenszajn, porta-voz das FDI nascido no Brasil, afirmou:
“A nossa primeira tarefa é afastar os terroristas do Hezbollah de nossa fronteira norte. A segunda tarefa é desmantelar toda a capacidade de lançamento de mísseis do Hezbollah em direção ao nosso território. A terceira tarefa é acabar com as estruturas terroristas do Hezbollah na nossa fronteira.
Para que isso aconteça, nós precisamos fazer nossos ataques, como estamos fazendo neste momento, para que o Hezbollah não seja mais uma ameaça ao nosso território.”
O mundo está mais seguro sem Hassan Nasrallah
Embora Lula não reconheça, o mundo está mais seguro sem Hassan Nasrallah, segundo o secretário de Estado americano, Antony Blinken.
"Hassan Nasrallah foi um terrorista brutal, cujas vítimas incluíam americanos, israelenses, civis no Líbano, civis na Síria e muitos outros também. Durante sua liderança no Hezbollah, o grupo aterrorizou pessoas em toda a região e impediu que o Líbano avançasse totalmente como um país. O Líbano, a região, o mundo estão mais seguros sem ele", afirmou Blinken na abertura da reunião ministerial da Coalizão Global para derrotar o Estado Islâmico (D-ISIS, na sigla em inglês) nesta segunda.
O presidente dos EUA, Joe Biden, também classificou a eliminação de Nasrallah como “medida de justiça”.
“Hassan Nasrallah e o grupo terrorista que liderou, o Hezbollah, mataram centenas de americanos durante um reino de terror que durou quatro décadas”, afirmou Biden em comunicado no sábado, 28. “A sua morte em um ataque aéreo israelense é uma medida de justiça para muitas das suas vítimas, incluindo milhares de civis americanos, israelitas e libaneses.”
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