Ao receber Massa, Lula se mete na eleição da Argentina
O presidente Lula receberá o ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa (foto), nesta segunda-feira, 28 de agosto. Não será um encontro qualquer. Massa é o candidato da situação à Presidência da República e a campanha terá início oficial neste sábado, 2 de setembro. O ministro argentino tem agendado uma reunião com o seu homólogo...
O presidente Lula receberá o ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa (foto), nesta segunda-feira, 28 de agosto.
Não será um encontro qualquer. Massa é o candidato da situação à Presidência da República e a campanha terá início oficial neste sábado, 2 de setembro.
O ministro argentino tem agendado uma reunião com o seu homólogo brasileiro, Fernando Haddad, às 14h, e outra com Lula, às 17h.
A questão é que Massa, sendo ministro, não está no mesmo nível hierárquico de Lula, que é chefe de governo. Não há nada de ilegal nisso, porque tampouco há regras sobre como esses encontros devem ocorrer. Mas o costume nas relações internacionais é o de que os contatos formais entre países ocorram entre equivalentes hierárquicos. Presidente com presidente. Ministro com ministro.
Quando as conversas não se dão no mesmo nível hierárquico, então é preciso entender qual é o pano de fundo ou a mensagem que está por trás dos eventos. Quando o presidente Vladimir Putin recebeu o assessor especial da Presidência, Celso Amorim, isso ocorreu porque o russo estava ansioso para receber qualquer um, após ser alvo das sanções ocidentais pela invasão da Ucrânia. Amorim, por sua parte, gostou da distinção.
O pano de fundo do encontro entre Lula e Massa nesta segunda é a eleição presidencial de 22 de outubro, em que os peronistas aparecem mal posicionados como terceira força nas pesquisas eleitorais.
"O Lula se meteu em todas as eleições sul-americanas, sempre em favor dos candidatos de esquerda. Ele até mandou um vídeo para campanhas de Hugo Chávez, na Venezuela. Também interferiu na de Ollanta Humala, no Peru, e na da chilena Michelle Bachelet", diz o embaixador Paulo Roberto de Almeida, colunista de Crusoé.
"A Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas e a Constituição brasileira contêm cláusulas sobre não interferência nos assuntos internos de outros Estados, e campanhas eleitorais constituem exatamente assuntos internos de cada Estado. Ao que parece, essas cláusulas têm sido ignoradas atualmente", diz Almeida.
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Comentários (5)
ANTONIO
2023-08-29 10:24:01O Brasil é pequeno para o ego do Lula, ele quer aparecer para o mundo. Ele não fez outra coisa que se pavonear pelo mundo afora tentando aparecer de todas as maneiras. Agora se mete em assuntos internos de outros países, contrariando nossa Constituição já tão violentada pela politicalha vigente de todas as cores. Lula, cuide do Brasil que está cheio de problemas.
Manoel Antonio Da Fonseca Couto Gomes Pereira
2023-08-29 08:47:07Esse amigo do Lula e do Haddad é o minisyro que criou o imposto para as embarcações brasileiras que trafegam no rio Paraná com mercadorias. A burrice do governo é enorme. Resolva primeiro a questão do imposto e depois apoie
Amaury G Feitosa
2023-08-29 08:11:53O bando quer abarcar a América LaTRIna com as patas mas será inútil o destino da Argentina está selado e a es nação orgulhosa e invejada até por europeus será mera colônia da China que tenta fazer no Brasil mas isto terá duras consequências e nada mais pode mudar isto ... rab de
MARCOS ANTONIO RAINHO GOMES DA COSTA
2023-08-28 18:38:55IMPEACHMENT NELE.
ALDO FERREIRA DE MORAES ARAUJO
2023-08-28 16:24:28Repetirá o mesmo que já fez antes, escolher um lado em eleições de países vizinhos. Neste caso parece que irá copiar o caminho do antecessor que ficou numa situação melindrosa quando Macri foi derrotado por Fernandez.