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Lula explica a função da Celac: apoiar Cuba

23.01.23 14:33

Na Casa Rosada, nesta segunda, 23, o presidente Lula defendeu a realização da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), como uma maneira de apoiar a ilha comunista de Cuba.

“Com relação à Cuba, eu acho que a criação da Celac foi uma inspiração extraordinária, porque é a primeira reunião entre países que a gente faz na América Latina, sem a participação de outros países, sobretudo dos Estados Unidos e do Canadá. É só a América Latina de verdade. E eu acho que é um espaço extraordinário para que a gente possa discutir, aprender e a ensinar, para que os outros possam aproveitar as coisas boas que nós fazemos e resolver conflitos. É possível, e é o único fórum internacional em que Cuba participa. E eu tenho orgulho de ter participado da construção desse fórum. E tenho muito orgulho de os cubanos participarem“, disse Lula.

E eu espero que, logo logo, Cuba possa voltar a um processo de normalidade, que se acabe o bloqueio à Cuba que já dura mais de sessenta anos, sem nenhuma necessidade. Porque os cubanos não querem copiar o modelo do Brasil, eles não querem copiar o modelo americano. Eles querem fazer o modelo deles. E quem tem algo a ver com isso?“, perguntou o presidente. “Portanto, o Brasil, sobretudo o Brasil, e os países que compõem a Celac têm que tratar Venezuela e Cuba com muito carinho. E naquilo que a gente puder ajudá-los a resolver os seus problemas, nós vamos ajudar. Estou convencido de que a Celac será uma coisa muito importante para a América Latina.”

As falas de Lula foram muito criticadas por organizações de defesa dos direitos humanos na Argentina. “As declarações do presidente Lula ratificam que a Celac foi criada para apoiar o autoritarismo na região. Com isso, Lula discrimina e exclui o povo cubano, que não pode participar da política ou eleger os seus representantes, como fazem os brasileiros“, diz Gabriel Salvia, diretor-geral da organização Cadal, em Buenos Aires. “Quem nega a outros povos os direitos que existem em seu próprio país demonstra falta de solidariedade internacional e de compromisso com a democracia.”

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