Lula, enfim, remarca sua viagem ao Chile
Lula agendou para os dias 5 a 6 de agosto a sua viagem para Santiago, no Chile, onde deve se encontrar com o presidente do país, Gabriel Boric (foto). A visita entre os dois chefes de Estado estava planejada para maio deste ano, mas acabou sendo impedida pelas chuvas no Rio Grande do Sul. O...
Lula agendou para os dias 5 a 6 de agosto a sua viagem para Santiago, no Chile, onde deve se encontrar com o presidente do país, Gabriel Boric (foto). A visita entre os dois chefes de Estado estava planejada para maio deste ano, mas acabou sendo impedida pelas chuvas no Rio Grande do Sul.
O motivo do adiamento, indicou o Itamaraty à época, foi a “necessidade de acompanhamento da situação das enchentes no Rio Grande do Sul e de coordenação no atendimento à população e nas tarefas de reconstrução“.
À época, o petista estava sob críticas por, no meio das maiores chuvas a atingirem o estado gaúcho, estar entregando chaves de apartamentos do Minha Casa, Minha Vida em Alagoas, além de defender publicamente o presidente da câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Uma segunda explicação para o adiamento da viagem para o Chile é que Lula não teria a ganhar muita coisa com ela. Quando Boric foi eleito, em 2021, Lula parabenizou o “companheiro” e festejou “mais uma vitória de um candidato democrata e progressista na nossa América Latina“. O petista, que ainda não tinha vencido as eleições para um terceiro mandato, até posou com um boné do chileno (foto).
Mas, apesar de ser de esquerda, Boric tem dado diversas declarações que vão na contramão do Brasil. Ele foi um dos primeiros líderes de esquerda a abrir mão de uma aliança com o ditador venezuelano Nicolás Maduro, a quem cobra que participe de eleições "transparentes e competititvas" neste final de semana (tudo indica que não será o caso).
Outro momento que mostrou o distanciamento ideológico dos dois foi quando Boric resolveu sentar-se á mesa com Volodymyr Zelensky, o presidente ucraniano. No encontro, que ocorreu em setembro do ano passado, Boric não hesitou em dizer que apoia o país contra a invasão russa, algo que o petista ainda não fez;
"A guerra que sofre Ucrânia há mais de um ano é inaceitável. Como presidente eu farei oposição sempre aos regimes que violam os direitos humanos e que atentem contra a autodeterminação dos povos. Zelensky, conte com o nosso governo em sua chamada para deter a agressão injusta", disse à época.
Leia mais em Crusoé: Gabriel Boric encontra-se com Zelensky e dá exemplo para Lula
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