Luiz Gonzaga, herói nacional
O presidente Lula deve sancionar, nesta próxima semana, um conjunto de leis que inserem um novo lote de nomes no livro de heróis e heroínas da pátria, uma publicação meramente simbólica que reconhece os feitos de uma série de brasileiros. Um dos novos nomes a ser incluído é o do cantor Luiz Gonzaga (foto), morto...
O presidente Lula deve sancionar, nesta próxima semana, um conjunto de leis que inserem um novo lote de nomes no livro de heróis e heroínas da pátria, uma publicação meramente simbólica que reconhece os feitos de uma série de brasileiros.
Um dos novos nomes a ser incluído é o do cantor Luiz Gonzaga (foto), morto em 1989 e reconhecido até os dias atuais como o "Rei do Baião".
Um dos maiores expoentes do forró, Gonzaga rodou o país levando a música do Nordeste junto a um pequeno conjunto que ele considerava essencial — além de sua sanfona, iam na mala zabumba e triângulo.
Não era preciso muito mais que elas para que ele, junto de Humberto Teixeira, compusesse em 1947 "Asa Branca", um dos hinos populares brasileiros definitivos do século XX.
Suas turnês pelo Brasil não apenas ajudaram a popularizar o frenético ritmo do forró e do xaxado, mas são também retratos da própria formação das grandes metrópoles brasileiras.
Durante a construção de Brasília, lembrou o Correio Braziliense, o cantor foi diversas vezes à cidade se apresentar em cima de caminhões, para a comunidade nordestina contratada para dar vida às obras de Oscar Niemeyer e Lúcio Costa. Em São Paulo, suas turnês desde os anos 1950 aproximaram a primeira geração de migrantes na capital paulista a se sentir menos longe de casa.
Nos anos 1970, já em certo ostracismo, Gonzaga viu renascer o interesse pela sua música graças a seu filho adotivo, o também cantor Gonzaguinha. Morreu no Recife, em agosto de 1989, aos 76 anos.
A proposta de torná-lo herói nacional veio do ex-senador Jarbas Vasconcellos (MDB-PE), em 2019. "Não resta dúvida de que é meritória a homenagem que se pretende prestar a Luiz Gonzaga, autêntico representante da cultura popular brasileira, ilustre porta-voz do povo nordestino e incansável divulgador das dificuldades enfrentadas por seu povo", escreveu o parlamentar.
Além dele, devem ser incluídos no livro o ator e político Abdias do Nascimento; da educadora e ativista pelo direito das deficientes visuais, Dorina Nowill; do líder republicano Lauro Sodré; e dos lanceiros negros, negros libertos que lutaram na revolução farroupilha.
Pela praxe, agora o nome de todos estes será inscrito em um livro de aço que se localiza na Praça dos Três Poderes. A lista hoje tem de Tiradentes e Dom Pedro I a Ayrton Senna e Padre Cícero.
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Comentários (3)
Alessandro
2024-01-08 08:53:09HEROI. Semi-analfabetos não podem mesmo saber o significado dessa palavra, daí considerar heroi qualquer um. PERSONALIDADES temos algumas, HEROIS temos pouquíssimos (como qualquer outro país). A professorinha mineira HELEY DE ABREU BATISTA, que morreu dando a vida por seus alunos, nunca é lembrada porque “não dá ibope”, mas é bem capaz de tipos como Anitta e Neymar qualquer dia aparecerem para sujar a imagem de Tiradentes. País de ignorantes.
Odete6
2024-01-07 18:09:28Tudo bem em relação a homenagear BRASILEIROS que, por mérito real, são referências pelos seus bons trabalhos.... mas categorizar como """heróis""" é coisa muiiiito diferente! Já pra lá de bastou a desmoralização das nossas emblemáticas medalhas, antes verdadeiros símbolos de real honra ao mérito, e depois usadas para """codecorar""" até mesmo as crias crápulas patetóides do néscio anterior e, agora.... mais essa do néscio atual, pra variar, sem a mínima noção de significação.
Franco
2024-01-07 15:02:02Linda homenagem a Gonzaga. Um autentico. Falsos sertanejos de hoje é de dar dó.