Ludhmila Hajjar deve declinar de convite para assumir o Ministério da Saúde
A cardiologista Ludhmila Abrahão Hajjar deve declinar do convite para assumir o Ministério da Saúde. Neste domingo, 14, a médica se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro, que busca um sucessor para o general Eduardo Pazuello. O desgaste do militar diante dos recordes sucessivos no número de mortes e da pressão pela compra de vacinas...
A cardiologista Ludhmila Abrahão Hajjar deve declinar do convite para assumir o Ministério da Saúde. Neste domingo, 14, a médica se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro, que busca um sucessor para o general Eduardo Pazuello. O desgaste do militar diante dos recordes sucessivos no número de mortes e da pressão pela compra de vacinas levou Bolsonaro e seus aliados a buscarem um substituto.
Formada em Medicina pela Universidade de Brasília, Ludhmila já atendeu algumas das figuras mais importantes de Brasília, como o atual presidente da Câmara, Arthur Lira, seu antecessor, Rodrigo Maia, e ministros de estado, como o próprio Pazuello.
Respeitada entre médicos, a cardiologista, entretanto, virou alvo de bolsonaristas radicais por seus posicionamentos científicos – Ludhmila defende o isolamento social, é contra o uso de medicamentos sem comprovação científica, como a hidroxicloroquina e a ivermectina, e apoia o uso de máscaras como forma de prevenir infecções pelo coronavírus.
Neste domingo, após o encontro de Bolsonaro com a médica goiana, apoiadores do presidente usaram as redes sociais para atacá-la. A ofensiva dos bolsonaristas é uma das razões que levaram Ludhmila a declinar do convite.
Em maio do ano passado, o oncologista Nelson Teich, também respeitado no meio médico, assumiu a pasta, mas ficou menos de um mês no cargo, diante da pressão de Jair Bolsonaro pela publicação de um protocolo com indicação da cloroquina para tratar a Covid. Desde o início da pandemia, Ludhmila se especializou no atendimento de pacientes infectados com coronavírus, sobretudo os internados em UTIs.
Doutor em cardiologia e professor titular do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da USP, José Antônio Franchini também é cotado para o cargo. Ele enfrenta menor resistência entre os bolsonaristas. Outro caminho para o presidente é escolher algum representante do Centrão – o grupo de partidos que apoia o Palácio do Planalto pressiona por mais espaço no primeiro escalão. O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, do Progressistas, e o deputado federal Dr. Luizinho, do mesmo partido, estão entre os indicados pelo Centrão.
Em nota divulgada na noite de domingo, o Ministério da Saúde informou que “o ministro Eduardo Pazuello segue à frente da pasta, com sua gestão empenhada nas ações de enfrentamento da pandemia no Brasil”. A assessoria do general afirmou ainda que “Pazuello se encontra em perfeito estado de saúde e não há nenhum pedido de demissão do ministro ao presidente da República”.
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Comentários (10)
João Crispim
2021-03-15 13:56:24A Dra. já recusou o convite porque não aceitou continuar com mesma política adotada até aqui para combater a Pandemia. Quem de fato e de direito é ministro da saúde é o PR. Fez uma reunião com ela na presença de Pazuello e do filho Eduardo, imagina o constrangimento para Dra. Ludhmila que disse que faria mudanças no combate à Pandemia, coisa que o incompetente PR não quer. O povo continuará morrendo da gripezinha do Bolsonaro, com ele não esperança, quem estiver vivo em 2022 não vote nele.
Joao
2021-03-15 13:50:43Ainda bem que no resto do mundo nunca teve pandemia e o vírus já se foi a vários meses, só no Brasil agora.
ANTONIO
2021-03-15 13:31:58E eu voltei neste ladrão no segundo turno para me livrar do PT.
ANTONIO
2021-03-15 13:26:39Pessoas dignas e competentes não participam deste desgoverno. É uma incompetência e roubalheira generalizada. Ernesto, Damares, Ricardo Salles kkkk, Pazuello, Onix, Aras, Kassio.. a escolha é quanto pior e mais puxa saco melhor. Estes caras não tem caráter e nem vergonha na cara.
Silvana
2021-03-15 12:37:07Que médico sério toparia um negócio desses?
Elaine
2021-03-15 12:05:24A matéria peca no início ao supor que a tragédia na área da saúde é devida ao Ministro da Saúde Pasuello , o que justificaria o PR buscar substituto ! Não podemos embarcar nesta falácia . Que opera para isentar o maior responsável de todos pelo pior desastre na saúde pública em tempos de pandemia . Seja quem for o ministro será outro poste à serviço das vontades e heresias da irresponsabilidade e incompetência de JB. Importante colocar carimbo certo em quem merece .
Sergio
2021-03-15 12:04:50ainda bem que a Dra não aceitou, já imaginou uma reunião ministerial com uma pessoa educada que não tem costume de estar ouvindo certos tipos de palavrões que é diferido por nosso presidente e ainda ter que ficar sorrindo.
MARCOS
2021-03-15 11:55:53Não caia nessa armadilha, Doutora. Veja os exemplos de pessoas que discordam das idéias do chefe e sua claque - Mandeta, Taich, Bebianno, Santos Cruz e Moro, entre outros que acreditaram e ficaram pelo caminho. Preserve sua biografia ficando distante de Bolsonaro e Lula.
Lenice
2021-03-15 11:27:13Sábia dra Ludhmila. Infelizmente, nesse governo, não podemos ter pessoas brilhantes na saúde. Ele não deixa.
MY HATE FEED ME
2021-03-15 10:56:15O jair ishhperto mandou o astronauta pesquisar uma solução com ANITTA e foi esnobado pela LUDHMILA