Antonio Augusto/PGR

Lindôra, da PGR, silencia sobre declaração de deputado bolsonarista

29.01.22 09:01

Braço-direito do procurador-geral da República, Augusto Aras, a subprocuradora Lindôra Araújo (foto) não quis se manifestar sobre o teor de uma audiência que teve com o deputado federal bolsonarista Otoni de Paula, do PTB do Rio de Janeiro. Em entrevista a Crusoé, Otoni disse ter ouvido de Lindôra que o inquérito dos atos antidemocráticos, do qual ele é alvo no Supremo Tribunal Federal, “não vai dar em nada”.

Segundo o deputado, foi assim que a subprocuradora o tranquilizou acerca do futuro do procedimento, a cargo do ministro Alexandre de Moraes. O diálogo se deu, diz Otoni, durante uma audiência na sede da PGR em que ele se queixou da apreensão de computadores e celulares e do bloqueio de suas redes sociais por ordem de Moraes.

De acordo com o parlamentar, a subprocuradora disse que ele foi usado como “bucha”, pois haveria pressão para uma operação antes das manifestações de Sete de Setembro.

Disse Otoni de Paula: “Eu estive com a subprocuradora Lindôra há cerca de dois meses, na PGR. Naquela ocasião, eu estava há três meses sem minhas redes sociais. Eu fui recebido em audiência, e a subprocuradora disse que eu não deveria me preocupar com esse inquérito (dos atos antidemocráticos), porque ele não vai dar em nada. E que eu só fui arrolado nesse inquérito, e que a procuradoria juntamente com o STF só mandou a PF na minha casa, porque, segundo palavras dela (Lindôra), eu entrei de bucha nesse processo. Eles precisavam acalmar o país para o dia 7 de setembro e aí, segundo ela, eu entrei de bucha.”

Procurada por Crusoé para se manifestar sobre as declarações do deputado, Lindôra Araújo, que assim como Aras é vista dentro do Ministério Público Federal como próxima de Jair Bolsonaro, preferiu o silêncio. “Não haverá manifestação”, informou a assessoria da PGR.

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