Mateus Bonomi/Agif/Folhapress

Líder do governo Bolsonaro pede para que STF suspenda depoimentos de seus assessores

18.08.20 17:32

O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho, do MDB, pediu ao Supremo Tribunal Federal que impeça a Polícia Federal de tomar depoimentos de assessores dele e de seu filho, Fernando Coelho Filho, do DEM, no âmbito da Operação Desintegração, que mira supostas propinas ao parlamentar em obras do Rio São Francisco e no Canal do Sertão. Os assessores foram intimados a depor nesta quinta-feira, 20.

Um deles é Maria Adyleane, assessora identificada nas investigações como a pessoa responsável por cuidar da agenda de Bezerra. Foi por meio dela, por exemplo, que um dos empreiteiros investigados teria marcado encontros com o senador. “Ady”, como é chamada, também aparece em conversas sobre uma sociedade em Dellaware, paraíso fiscal norte-americano, firmada entre o empreiteiro e os parlamentares.

Outro assessor a ser ouvido é Joel Brito Rocha, secretário parlamentar de Fernando Coelho Filho, deputado federal e filho de Bezerra, com quem foram apreendidos 120 mil reais em dinheiro vivo.

O advogado de Bezerra, André Luís Callegari, quer que a PF se abstenha de avançar nas investigações enquanto a PGR não se manifestar sobre o pedido de ampliação de prazo para o andamento do inquérito. O pedido foi feito na última semana. “Ora, se à autoridade policial é dispensável a opinião da Procuradoria-Geral da República e do ministro-relator sobre a extensão do prazo, agindo a seu belprazer, não há qualquer sentido na realização do controle judicial do presente inquérito”

A Operação Desintegração foi deflagrada em setembro de 2019, e mira o suposto pagamento de 5,5 milhões de reais em propinas ao senador e seu filho. Os repasses teriam sido feitos por empreiteiras responsáveis pelas obras da transposição do Rio São Francisco e do Canal do Sertão. À época dos fatos investigados, Bezerra era ministro da Integração do governo Dilma Roussef.

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