Divulgação/OAB

Lava Jato do Rio aciona tribunal de ética da OAB por conflito de interesse de advogados

20.10.20 14:31

Os procuradores da Lava Jato do Rio de Janeiro encaminharam ao Tribunal de Ética da seção fluminense da OAB informações sobre possível impedimento de advogados do escritório RS Faria para atuar em um caso que envolve doleiros e o empresário Arthur Pinheiro Machado. A banca tem como principal nome Rafael Faria, alvo da Operação Tergiversação na quinta-feira, 15, por suspeita de intermediar repasses de propina a policiais federais.

Segundo o MPF, advogados do escritório de Rafael Faria, entre eles Leonardo Dickinson, atuam ao mesmo tempo para o doleiro Edward Gaede Penn e para Pinheiro Machado, conhecido como APM. No entendimento dos investigadores, o possível impedimento se dá porque APM é um dos citados no acordo de colaboração premiada de Penn.

Em sua delação, o doleiro afirma que APM pagou 399 mil dólares no exterior por meio de duas transações da conta da offshoe Xnixor Inc para a LW Softwares LLC. Os valores teriam como justificativa a aquisição de mercadorias, mas, segundo o delator, são referentes à comissão cobrada pelo doleiro para emprestar contas ao empresário fora do país.

“Os fatos acima reunidos indicam, portanto, eventual impedimento do advogado Leonardo Dickinson ou da própria sociedade de advogados que integra, seja como sócio ou associado, de atuar concomitantemente na defesa dos interesses do colaborador Edward Penn e de Arthur Pinheiro Machado, haja vista evidente conflito de interesses”, diz trecho do pedido encaminhado à OAB.

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