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Kamala, quem?

Se você acessasse a página do New York Times sobre Kamala Harris (foto) até pelo menos a sexta-feira (19), a última matéria tratava do anúncio do presidente Joe Biden em buscar a reeleição. Essa notícia era de quase um mês atrás, de 25 de abril. O site do Times mostra que, após dois anos e...

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Caio Mattos
3 minutos de leitura 22.05.2023 07:42 comentários 2
Senate Democrats via Wikimedia Commons

Se você acessasse a página do New York Times sobre Kamala Harris (foto) até pelo menos a sexta-feira (19), a última matéria tratava do anúncio do presidente Joe Biden em buscar a reeleição.

Essa notícia era de quase um mês atrás, de 25 de abril.

O site do Times mostra que, após dois anos e meio de mandato, a vice-presidente dos EUA mantém dificuldade para aparecer no debate público.

Esse cenário é grave para os Democratas visto que a avançada idade de Biden, 80 anos, deve deslocar o protagonismo das próximas eleições para Harris e que ela sofre de impopularidade.

Sua taxa de desaprovação está nos 50% e a aprovação abaixo dos 40%.

De fato, e como de se esperar, seus índices acompanham a tendência daqueles do presidente, 52% de desaprovação e 43% de aprovação. Ambos passaram a ser mais rejeitados juntos, a partir de agosto de 2021.

Além da pandemia e da incompetência do governo em responder à decorrente crise econômica, Harris tem responsabilidade própria em sua situação.

A vice-presidente já teve que trocar de porta-voz uma vez e de diretor de comunicações duas, além de estar no segundo chefe de gabinete.

Segundo relato de um ex-funcionário ao Washington Post, Harris promove um ambiente tóxico de trabalho.

O resultado não é apenas a falta de exposição e suposto conflito de seu gabinete com o restante da Casa Branca, como afirma a imprensa, mas também uma série de gafes públicas.

A vice-presidente mentiu em entrevista televisiva sobre ter ido à fronteira americana para avaliar a situação migratória e menosprezou o tema.

E, em pronunciamento oficial na Zona Desmilitarizada coreana, um dos locais mais consequentes para a geopolítica, ela confundiu as duas Coreias e prezou pela aliança militar americana com a "República da Coreia do Norte".

Harris já precisa lidar com desvantagens que estão além do seu controle.

Além do racismo e machismo, ela foi encarregada por Biden de duas tarefas impossíveis de se colher frutos a curto prazo: migração e política de registro de voto, que é dominada pelos governos estaduais.

Democratas e parte da imprensa americana demonstram otimismo com a aproximação das eleições.

Ela deve aparecer mais. Com o partido assumindo o controle do Senado em eleição especial em dezembro passado, Harris poderá se isentar de compromissos da Casa — o vice-presidente dos EUA preside o Senado e desempata votações.


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Caio Mattos

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Comentários (2)

Amaury G Feitosa

2023-05-22 11:47:41

Todo macho fraco tem por trás uma mulher esperta, se Biden tem esta o nosso Nine Fingers teve a poderosa Roze e agora tem a sua Muntaz Mahal que o canelau chama de Esbanja ... e vem muuuuuuuuito mais por aí.


ANTONIO

2023-05-22 11:45:27

Tá perigando a volta do Trump!


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