Governo de São PauloO jato usado por Flávio Bolsonaro e Salles: favor de "amigo"

Jatinho que buscou Salles e Flávio Bolsonaro em Noronha é operado por empresa investigada pela PF

03.11.20 12:41

O jatinho Embraer Phenom que transportou o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e o senador Flávio Bolsonaro no domingo, 1º, na volta de Fernando de Noronha é operado por uma empresa controlada pelo conglomerado JHSF, empresa enrolada em diversas investigações da Polícia Federal envolvendo políticos. 

A aeronave tinha a logomarca do aeroporto executivo Catarina, de propriedade do grupo empresarial, localizado em São Roque, interior de SP. A empresa proprietária do avião, a SPCTA Táxi Aéreo, é administrada pela JHSF Investimentos em Negócios Aeronáuticos, da qual o empresário Rogério Lacerda é diretor-presidente.

A JHSF é citada em diversas operações, como as que miraram políticos de PT e PSDB. Em julho, a empresa foi alvo de busca e apreensão que investigou o caixa 2 de José Serra. Em delação premiada ligada à Operação Acrônimo, o empresário Benedito Gomes de Oliveira conta que Fernando Pimentel cobrou 4,25 milhões de reais em propinas do grupo JHSF.

O avião saiu de São Roque com direção a Recife na manhã do dia 31 de outubro, sábado. No domingo, 1º de novembro, a aeronave partiu da capital pernambucana em direção a Fernando de Noronha, onde embarcaram Ricardo Salles e Flávio Bolsonaro. Em seguida, o jato retornou ao Recife, de onde voou para São Roque ainda na manhã de domingo. No mesmo dia, o senador fluminense participou da festa de aniversário do secretário executivo do Ministério das Comunicações, Fábio Wajngarten, no litoral paulista.

Por telefone, o aeroporto Catarina confirmou que presta serviços de táxi aéreo. Porém, o avião que esteve em Fernando de Noronha não tem autorização para realizar voos de táxi aéreo, de acordo com o Registro Aeronáutico Brasileiro, RAB, da Agência Nacional de Aviação Civil. 

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