ONU: Irã aumenta estoque de urânio enriquecido para bomba nuclear
Um relatório confidencial da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), das Nações Unidas, aponta que o Irã aumentou o estoque de urânio enriquecido capaz de fabricar uma arma nuclear. Informações contidas no documento, datado desta segunda-feira, 27 de maio, foram reveladas pela agência de notícias Associated Press. Desde fevereiro, quando foi publicado o relatório anterior,...
Um relatório confidencial da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), das Nações Unidas, aponta que o Irã aumentou o estoque de urânio enriquecido capaz de fabricar uma arma nuclear.
Informações contidas no documento, datado desta segunda-feira, 27 de maio, foram reveladas pela agência de notícias Associated Press.
Desde fevereiro, quando foi publicado o relatório anterior, o Irã foi de 122 a 142 quilos de urânio enriquecido a 60%. Um aumento de 20 quilos.
"O urânio enriquecido a 60% de pureza está apenas a um pequeno passo técnico dos níveis de 90% para armas", diz a Associated Press.
"Pela definição da AIEA, cerca de 42 quilogramas de urânio enriquecido a 60% é a quantidade em que a criação de uma arma atómica é teoricamente possível – se o material for ainda mais enriquecido, até 90%", acrescenta.
O Irã tem aumentado seu estoque de urânio enriquecido em especial desde 2018, quando os Estados Unidos, então sob a Presidência de Donald Trump, se retiraram do Acordo Nuclear Iraniano.
O tratado internacional, firmado em 2015, previa a suspensão de sanções a Teerã em troca de restrições ao programa nuclear iraniano.
O país podia apenas enriquecer urânio a 3,67% e manter um estoque de 300 quilos, dentre outras exigências que impediam o uso da energia nuclear para a fabricação de armas de destruição em massa.
A própria AIEA era responsável por monitorar o cumprimento do acordo na época.
O relatório desta segunda vem cerca de duas semanas após o anúncio da morte do então presidente do Irã, Ebrahim Raisi, em um acidente aéreo que também vitimou o então ministro das Relações Exteriores.
Além de antecipar as eleições presidenciais para até início de julho, a morte de Raisi também afetou o processo de sucessão do líder supremo — será a segunda transição desde a Revolução Islâmica, de 1979.
A notícia é tema de reportagem da edição da revista Crusoé desta semana, publicada na sexta-feira, 24 de maio.
Leia também:
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (1)
ANDRÉ MIGUEL FEGYVERES
2024-05-28 17:07:16Muito preocupante!