'Indícios de terem sido adulteradas', diz Associação dos Procuradores sobre novas mensagens vazadas
A Associação Nacional dos Procuradores da República divulgou um comunicado neste sábado, 29, apontando erros de informação no conteúdo das novas mensagens atribuídas a integrantes do Ministério Público divulgadas hoje pelo site The Intercept, e que indicam adulteração dos diálogos. Mensagens foram atribuídas a uma procuradora que não trabalhava no local indicado pelo site, e a Angelo...
A Associação Nacional dos Procuradores da República divulgou um comunicado neste sábado, 29, apontando erros de informação no conteúdo das novas mensagens atribuídas a integrantes do Ministério Público divulgadas hoje pelo site The Intercept, e que indicam adulteração dos diálogos.
Mensagens foram atribuídas a uma procuradora que não trabalhava no local indicado pelo site, e a Angelo Goulart Vilella (foto), quando o procurador já havia sido afastado do Ministério Público, por suspeita de vazar informações para a JBS. Os erros foram apontados pelo Antagonista. Leia abaixo a íntegra da nota:
A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) manifesta preocupação quanto à divulgação de mensagens atribuídas a integrantes do Ministério Publico Federal com indícios de terem sido adulteradas e de serem oriundas de crime cibernético.
Neste sábado (29/6), por exemplo, o editor de um site publicou no Twitter mensagem atribuída ao procurador Angelo Goulart Vilella, que teria sido enviada em novembro de 2018. Villela está afastado de suas atividades desde 2017. Depois de as redes sociais reagirem à informação, o site modificou o conteúdo.
O mesmo site publicou mensagem que teria sido escrita em novembro de 2018 pela procuradora Monique Cheker. Na mensagem há menção de que ela teria trabalhado, em 2008, no Paraná. Na verdade, ela atuou em 2008 como Procuradora de Contas do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro.
A publicação ainda divulgou uma mensagem que teria sido escrita em outubro de 2019 (no futuro, portanto) e atribuiu as supostas conversas a procuradores que atuariam na Lava Jato. A maioria dos colegas citados, no entanto, nunca trabalhou nessa operação.
A ANPR cumpre o dever de alertar a sociedade sobre a impossibilidade de considerar como verdadeiras essas mensagens que expõem procuradores da Republica a risco em sua incolumidade física e moral.
A Polícia Federal está investigando a prática de crimes cibernéticos contra integrantes do MP. Aguardaremos, com serenidade, a conclusão das investigações para adotar as medidas judiciais cabíveis em defesa de nossos associados.
A ANPR se manterá implacável na defesa das prerrogativas funcionais dos procuradores da República, garantidas pela Constituição para que eles possam defender, com independência e autonomia, a ordem jurídica, o regime democrático e os interesses sociais e individuais indisponíveis.
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Comentários (10)
Regina7
2019-07-01 16:21:21Por que, no Brasil, tudo demora tanto? Depois reclama-se porque a situação é 'complicada', difícil, cheia de melindres daltônicos. Várias ações legais já poderiam ter acontecido para conter o avanço desses ataques.
Adalcacia
2019-07-01 09:51:58Só aumenta meu abuso de tudo isso..está uma saco esta palhaçada toda. Eu agora só quero saber da alegria do maior acordo histórico firmado entre Mercosul e UE..ai que alegria!!!
GLADSTON
2019-07-01 08:50:06O que estão esperando para botar esse gringo na cadeia? Só no Brasil mesmo, um cretino desses propagar mentiras e ainda continuar falando e divulgando asneiras. Cadeia nesse cretino!!!
João
2019-06-30 20:08:50A Lei de Imprensa no Brasil não trata do tema de veicular mensagens roubadas de seus signatários. Na verdade nem precisava tratar de tão imoral que é. No entanto, falta coragem ao Parlamento para por um fim a esse estado de coisa. Veicular informações roubadas é crime e tanto quem roubou como quem veicula, precisam ser enquadrados no mesmo crime.
Capitão Verdade
2019-06-30 19:04:59Só quero saber O QUE motivou esse americano “alegre” a aprontar essa presepada. O QUE? O sujeitinho é forasteiro e vem para cá tentar destruir uma das poucas coisas boas acontecidas no Plasil nos últimos... 15 anos (que foi o combate à corrupção)? A quem convém? Vai-te embora procurar tua mamadeira em outra freguesia, mocorongo alegre!!
Silvia
2019-06-30 18:59:06Verdevaldo concorda com tudo, mas ele quer nos ensinar o que é jornalismo, justiça, ÉTICA e verdade. Moro é herói, mas...lava jato foi bom, mas....Mtos jornalistas e políticos estão tirando a máscara ao se ajoelhar para este pilantra.
Luiz
2019-06-30 15:46:52Houve sim adulterações e a Folha de São Paulo que diz ter feito parceria, melhor dizendo, conluio com o The Intercept associou-se a uma organização criminosa, com o intuito de minar a Lava Jato, os procuradores, Sérgio Moro e o governo Bolsonaro. Cadê a ABI a ABRAJ e a ANJ que não se manifestam? Depois vocês ficam criticando o corporativismo alheio, mas quando é para se autoprotegerem, o silencio prevalece.
Rose
2019-06-30 14:28:12Indícios???? Foram adulteradas. A prova eles mesmos deram. Bom que acaba logo com essa bobagem. Porque o país está aí, esperando.
Roberto 21
2019-06-30 12:37:29E onde está aquela "determinação" do Toffoli que, juntamente com o Lex Luthor, vai pegar pesado com os publicadores de fake news? Fake news contra a Lava Jato pode, contra o STF não?
AURELIO
2019-06-30 11:27:57Nem precisa mais liberar todo o conteúdo ilícito, para fins de verificação de autenticidade. Se boa parte do material já é considerado, constatado como falcatrua, p q perder tempo dando ouvidos a isso? A esquerda é patética!!! Ou dá tiro no pé ou o tiro sai pela culatra....