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Guiana, o principal destino dos desterrados cubanos

20.06.19 10:10

A Guiana tem sido o principal destino dos dissidentes desterrados pela ditadura de Cuba, segundo denúncia apresentada pelas ONGs Defesa dos Prisioneiros Cubanos e União Patriótica de Cuba (Unpacu). Além de ser um destino próximo, para onde os cubanos podem viajar sem visto, o governo da Guiana mantém boas relações com a ditadura de Miguel Díaz-Canel.

Antes de ser colocado em um avião rumo a Georgetown, a capital da Guiana, o cubano Daniel Llorente Miranda (foto) foi avisado pelos agentes de segurança de estado que ele continuaria sendo vigiado, mesmo em outros países. “Eles me disseram que tinham olhos, ouvidos, pés e mãos na Guiana e em todo o mundo. Que eu deveria ficar tranquilo e que deveria lembrar que minha família continuou em Cuba”, disse ele, que ficou famoso ao aparecer com uma bandeira americana em atos televisionados do governo cubano. Llorente ficou conhecido como “o homem da bandeira”.

No dia 15 de junho, Llorente identificou dois oficiais cubanos na esquina da casa onde vive em Georgetown. “Aqui na Guiana há muita gente da segurança de estado de Cuba e eu consigo reconhecê-los, ainda que não conheça alguns”, diz ele. A data coincidiu com uma visita oficial do ministro de Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez Parrilla para a Guiana.

Os dois países possuem acordos nas áreas de saúde e de esporte. Estimativas oficiais da ditadura afirmam que há 20 mil médicos cubanos na Guiana, uma antiga colônia britânica.

Além disso, o presidente da Guiana, David Granger, tem passado por sessões de quimioterapia e de radioterapia em Cuba para tratar um linfoma não Hodgkin.

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  1. Triste destino o da guiana!! Acho que não é só o presidente que está com linfoma, mas o tratamento da Guiana não passa por cuba!!!

  2. Com o desenvolvimento tecnológico, a capacidade de governos se sustentarem no poder através da repressão aumentou, sem as forças armadas não há revolução. Pelo tempo e exposição dos membros do exército à ideologia, parece extremamente improvável que o governo cubano não se mantenha imune à pressões internas, ou seja, só a pressão externa é capaz de produzir efeito, mas é necessário que haja uma válvula de escape, do contrário, a solução seria explodir a coisa toda, com os ônus e bônus.

  3. Se for exigido de Cuba que a ditadura acabe, é meio óbvio que o governo cubano não aceitaria, mas se for exigido que eles deixem de reprimir a população, isto não só está no âmbito da dignidade humana, mas tb coloca a responsabilidade sobre eles. Ao se tentar trabalhar com um único modelo, pode se estar abrindo mão de soluções intermediárias que não são ideais, mas já criam um processo de transição e amadurecimento social, a sociedade e os indivíduos passam a assumir compromissos.

  4. A democracia depende de compromissos individuais e sociais, de uma maturidade que nem todas as sociedades tem. Se o governo castrista fosse derrubado e Cuba virasse um Haiti, então a vitória é do marxismo. Uma opção de saída mais democrática deveria ser oferecida ao governo cubano, inclusive publicamente, pois se eles não aceitassem e fossem derrubados, a responsabilidade pelo Haiti ainda seria deles, pois não aceitaram a opção mais digna, pois não queriam fazer nem um mínimo de sacrifício.

  5. Isso q da governos do modelo PT. E, por aqui esses vermes aplaudem ou fazem q nao veem. A amante, sempre tão eloquente na defesa de lulaladrao faz de contas q o assunto sequer existe

  6. A razão é simples. Guyana tem o que Cuba não tem: petróleo. Descobriram tanto petróleo por lá que o país ficará rico em uma década. Ao invés dos brasileiros terem desenvolvido uma relação produtiva com os guyanenses, deixaram os cubanos ocuparem o espaço. Em geopolítica, nenhum espaço fica vazio por muito tempo.

    1. Os cubanos são malandros... sempre viveram de mesada . Põem os outros a trabalhar por eles, isto há 60 anos.

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