Governo de Israel adia votação sobre cessar-fogo em Gaza
O gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu alegou que o Hamas criou uma "crise" de última hora sobre a libertação dos reféns
O governo de Israel adiou a votação de gabinete que chancelaria o acordo de cessar-fogo com o Hamas para a Faixa de Gaza, alcançado na quarta-feira, 15.
Em comunicado, o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu alegou que o grupo terrorista teria desistido de alguns pontos acordados e criado uma "crise" de última hora sobre a libertação dos reféns.
"O Hamas está renegando os entendimentos e criando uma crise de última hora que está impedindo um acordo", disse o governo israelense.
"O gabinete israelense não se reunirá até que os mediadores notifiquem Israel de que o Hamas aceitou todos os elementos do acordo", acrescentou.
Durante a noite, o gabinete de Netanyahu afirmou que o impasse era relacionado à identidade dos prisioneiros palestinos que seriam libertados.
Contradizendo os termos acordados, o Hamas estaria "exigindo ditar a identidade desses assassinos".
O acordo
Programado para ser implementado a partir de domingo, 19, o acordo descreve um cessar-fogo inicial de seis semanas com a retirada gradual das forças israelenses da Faixa de Gaza.
Os reféns mantidos pelo Hamas, que controla a Faixa de Gaza, seriam libertados em troca de terroristas detidos por Israel.
Como detalhou a StandWithUs Brasil, na primeira fase, haverá a soltura de 33 reféns mantidos na Faixa de Gaza, vivos ou mortos, a partir de uma listagem fornecida por Israel. Entre eles, estão mulheres, civis ou soldadas israelenses, e crianças, e idosos acima de 60 anos.
"Fase 1: Libertação de 33 reféns mantidos na Faixa de Gaza (vivos e mortos), com base na lista fornecida por Israel. Essa lista inclui mulheres — entre civis e aquelas que são soldadas das Forças de Defesa de Israel (FDI) —, crianças, idosos acima de 50 anos e homens classificados na categoria humanitária com menos de 50 anos. Durante os 42 dias previstos, haverá retirada parcial de tropas israelenses da Faixa de Gaza."
No vigésimo segundo dia, civis palestinos poderão retornar a suas casas no norte da Faixa de Gaza:
"(…) com inspeção de veículos durante o retorno. Enquanto isso, as FDI reduzirão sua presença no Corredor Filadélfia e se retirarão completamente do Corredor Netzarim. Serão permitidos 600 caminhões de ajuda humanitária a entrar na Faixa de Gaza."
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