Governo argentino desiste de candidatura para a presidência do BID
O governo argentino desistiu na noite desta quinta-feira, 10, de apresentar um candidato para a presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O candidato argentino, Gustavo Béliz (foto), estava concorrendo até então com Mauricio Claver-Carone, que foi indicado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. "Concordamos com as múltiplas e respeitadas vozes das mais variadas...
O governo argentino desistiu na noite desta quinta-feira, 10, de apresentar um candidato para a presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O candidato argentino, Gustavo Béliz (foto), estava concorrendo até então com Mauricio Claver-Carone, que foi indicado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
"Concordamos com as múltiplas e respeitadas vozes das mais variadas origens políticas, acadêmicas, sociais e ideológicas, que expressaram o incômodo para a América Latina e o Caribe de violar uma tradição de governança regional da instituição, que se mantém desde os seus 60 anos de existência, como esfera plural, a serviço dos interesses dos latino-americanos e caribenhos e sem se converter em instrumento de intervenção diplomática de qualquer natureza", publicou a Casa Rosada no Twitter.
No início desta semana, o ministro de Relações Exteriores da Argentina, Felipe Solá, ainda acreditava na candidatura de Gustavo Béliz, assessor para Assuntos Estratégicos no governo de Alberto Fernández. “Mantemos nosso candidato, mas houve uma decisão da Europa que não veio. Teríamos preferido que nossos vizinhos nos consultassem e conversassem sobre o assunto. Mas a sensação é a de que há uma barreira automática. Não entendo”, disse Solá em entrevista.
Como Mauricio Claver-Carone aparentava ter dois terços dos votos, os argentinos acharam melhor evitar a derrota e se abster da votação. O americano agora não terá competidores.
Em entrevista a Crusoé, Claver-Carone comentou sobre a resistência a seu nome, por ele ser um americano. "Isso não é uma coroação. Trata-se de um processo democrático, em que prevalece a vontade da maioria. Se alguns países estão inseguros com minha nacionalidade, eles podem votar em outro candidato ou se abster. É um direito que todos têm", disse ele.
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Comentários (2)
Newton
2020-09-11 10:40:13Quem?! Biden?! Rsrsrs...
Jose
2020-09-11 06:40:07Já trocaram a candidatura pela manutenção de uns carguinhos. Enquanto isso o Bozo fica de quatro para o Trump. Ficará assim até este ano. Ano que vem sofrerá a fúria do Biden. Pobre Bozo, pobre Bozo!