Força-tarefa da Greenfield volta a questionar J&F sobre atuação de Wassef
A força-tarefa da Operação Greenfield deu cinco dias para que a J&F, controladora da JBS, explique o papel do escritório de Frederick Wassef e possíveis pagamentos para sua atuação em um inquérito relacionado à empresa. O caso envolve supostas ameaças ao diretor jurídico da holding, Francisco de Assis. Crusoé mostrou que Ana Flávia Rigamonti assina...
A força-tarefa da Operação Greenfield deu cinco dias para que a J&F, controladora da JBS, explique o papel do escritório de Frederick Wassef e possíveis pagamentos para sua atuação em um inquérito relacionado à empresa. O caso envolve supostas ameaças ao diretor jurídico da holding, Francisco de Assis. Crusoé mostrou que Ana Flávia Rigamonti assina a petição que deu início à investigação -- ela confirmou que atuou no caso como funcionária de Wassef.
Os procuradores pediram à J&F informações sobre quais atividades foram exercidas por Wassef e como o advogado foi pago pelo serviço. Eles também querem saber se a transação veio da J&F ou de outras empresas do grupo, como a JBS.
A força-tarefa tem questionado o suposto descumprimento do acordo de leniência firmado pela J&F. A falta de explicações para pagamentos de 9,8 milhões de reais pela JBS ao escritório de Wassef motivou a interrupção das tratativas para uma eventual conciliação entre advogados da holding e procuradores. Sem dar maiores detalhes, sob alegação de que violaria a relação sigilosa entre advogado e cliente, a JBS informou que Wassef havia sido contratado para atuar em inquéritos policiais.
Em sua edição 126, Crusoé mostrou que, em maio de 2019, dois dias após uma audiência de arbitragem em uma disputa contra a Paper Excellence pelo controle da Eldorado Celulose, Fracisco de Assis, que é amigo de Wassef, pediu à Polícia Civil de São Paulo a abertura de uma investigação sobre "gravíssimas ameaças de morte" que teria recebido de pessoas ligadas ao grupo rival. A advogada Ana Flávia Rigamonti, que assina o pedido de Francisco, afirmou a Crusoé: “Eu era funcionária do escritório do doutor Fred, por isso participei desse caso”.
No inquérito, as suspeitas nunca ficaram comprovadas, mas o delegado do caso chegou a pedir a prisão de executivos da Paper, medida que foi rejeitada pela Justiça de São Paulo. A investigação representa uma das situações em que Wassef atua no subterrâneo do mundo jurídico.
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Comentários (1)
Jose
2020-09-30 10:11:43Pegaram o Bozismo. Quero ver como os bozistas escaparão desta. Há muitas provas mostrando a conexão entre o salvador dos bozokids com corrupção sistêmica!