Fora do teto, TSE quer R$ 1 bilhão para comprar urnas em 2021
O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE, encaminhou a Jair Bolsonaro na última sexta-feira, 14, a proposta de Orçamento da corte em 2021. Em meio à briga por recursos para investimentos sem romper o teto de gastos no próximo ano, a Justiça Eleitoral alocou sob a rubrica de “Pleitos Eleitorais” -- que não está...
O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE, encaminhou a Jair Bolsonaro na última sexta-feira, 14, a proposta de Orçamento da corte em 2021. Em meio à briga por recursos para investimentos sem romper o teto de gastos no próximo ano, a Justiça Eleitoral alocou sob a rubrica de “Pleitos Eleitorais” -- que não está sujeita ao teto -- uma despesa de 1 bilhão de reais para a aquisição de urnas eletrônicas.
Significa que, mesmo num ano sem eleições regulares, a Justiça Eleitoral terá orçamento de 1 bilhão para “pleitos eleitorais”. O valor será o maior já gasto pelo TSE em anos não-eleitorais nos últimos 10 anos. “Para 2021 foram programados R$ 1.032.143.514 para aquisição de 241.856 novas urnas com o objetivo de substituir modelos mais antigos. Além disso, esse valor também contempla as despesas para aquisição de peças de reposição das urnas, para manutenção dos contratos de TI, bem como para a realização de manutenções corretivas e preventivas de urnas”, justifica o Tribunal, em documento obtido por Crusoé.
Além das aquisições, o TSE vai usar o dinheiro para manutenção do parque de 278.844 urnas eletrônicas, totalizando 520.700 sistemas atualizados. Atualmente a Justiça Eleitoral conta com 556.610 urnas em seu parque de máquinas. “As aquisições de urnas são necessárias para absorver o crescimento vegetativo do eleitorado, além de substituir gradativamente os modelos que atingem dez anos de utilização, a fim de evitar problemas técnicos nos pleitos ordinários e suplementares”, diz o tribunal.
A área de orçamento do TSE chegou a se reunir com a Secretaria de Orçamento Federal para se explicar sobre os valores tão destoantes. O tribunal explica que a última compra de urnas eletrônicas ocorreu no exercício de 2015, ano em que foi implementado o voto impresso por meio da minirreforma eleitoral, em emenda do então deputado Jair Bolsonaro. “No entanto, em junho de 2018, o Supremo Tribunal Federal declarou a inconstitucionalidade do dispositivo que instituiu a necessidade de impressão do voto eletrônico. As constantes mudanças na estratégia de planejamento de aquisição de urnas e a alta complexidade do processo licitatório desses equipamentos inviabilizaram a aquisição de novas urnas nos últimos quatro anos”, justifica o TSE.
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Comentários (9)
Antonio
2020-08-20 20:40:21Gostaria que esses caras que pouco trabalham e ganham mais do que merecem tomassem vergonha na cara.
Antonio
2020-08-20 15:49:44Enquanto isso vão nos obrigar, inclusive os do grupo de risco, a votar no meio da maior tragédia sanitária do planeta. Voto facultativo!
DAISY
2020-08-20 13:19:05Até o Ministro Barroso demonstra insensibilidade à situação econômica do país em meio à pandemia.
André
2020-08-19 23:24:58Vão pra pqp. Urnas pra eleger bandidos? Gastar pra essa merda?
André
2020-08-19 22:40:19Fabriquem tais urnas no Brasil via IBM, Apple, HP e outras firmas multinacionais idôneas. Irão economizar uns R$700.000.000,00
LUIZ
2020-08-19 19:31:18Mais uma razão para se acabar com essa brincadeira de eleições de 2 em 2 anos.
João
2020-08-19 18:09:24Estão arrancando tudo que pode do país. Estamos em uma crise financeira imensa e toda eleição gastos exorbitantes com esse sistema de urnas eletrônicas. Acho que está na hora de voltarmos ao papel e caneta é mais barato e confiável.
Joao
2020-08-19 17:11:09STF 712 milhões; TSE 1 bilhão. Esses caras de toga fazem jus à fama de apreciadores de lagosta regado com uísque Logan. Tem cabeça quadrada, cheio de dejeto, vive nas costas do Brasil.
Roberto
2020-08-19 16:57:43A nossa democracia não é barata, ainda mais com eleições a cada 02 anos e, um complexo modelo eleitoral com quase 5.500 municípios...