Filho do presidente do STJ recebeu R$ 42,9 milhões para 'influenciar' ministros da corte
O presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Humberto Martins (foto), além de ser citado em delações, agora pode incluir no seu currículo a denúncia contra seu filho, o advogado Eduardo Martins, por exploração de prestígio, lavagem de dinheiro e peculato. Enquanto o pai foi mencionado na delação da OAS e de Sérgio Cabral, o...
O presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Humberto Martins (foto), além de ser citado em delações, agora pode incluir no seu currículo a denúncia contra seu filho, o advogado Eduardo Martins, por exploração de prestígio, lavagem de dinheiro e peculato.
Enquanto o pai foi mencionado na delação da OAS e de Sérgio Cabral, o filho Eduardo Martins, que é dono de uma banca em Brasília, é um dos alvos da Lava Jato do Rio desta quarta-feira, 9. Ele foi denunciado pelo Ministério Público por ter recebido 42,9 milhões da Fecomércio durante a gestão de Orlando Diniz. O valor, diz o MPF, pode ser ainda maior e alcançar a quantia de 83 milhões de reais, se considerados repasses para outros escritórios que teriam sido indicados pelo filho do presidente do STJ.
“Em resumo: todos os contratos firmados entre Orlando Diniz, enquanto dirigente da Fecomércio/RJ, e Eduardo Martins, seja enquanto sócio do Martins e Rossiter Advogados, seja enquanto sócio do Escritório de Advocacia Martins, tiveram como exclusivo pano de fundo a remuneração por sua vendida (pela organização criminosa) influência política junto ao Superior Tribunal de Justiça (objeto ilícito), e não pela prestação de serviços advocatícios", afirma o MPF sobre a atuação do filho do presidente do STJ
Ao denunciar o filho do presidente do STJ, os procuradores elencam fatos que “evidenciam o pagamento, às custas dos cofres da Fecomércio/RJ, de vantagem ilícita” a ele. O primeiro é a contratação ter se dado por intermédio de Cristiano Zanin, advogado do ex-presidente Lula e apontado como um dos líderes do esquema.
O segundo ponto elencado na denúncia é o fato de os casos relacionados na contratação serem de interesse de Orlando Diniz e não da Fecomércio. O MPF diz ainda que os processos indicados no contrato já contavam com a atuação de outros advogados que também recebiam valores milionários.
Eduardo Martins, diz a acusação, atuou em apenas um processo em que não teve êxito. Por últimos, os investigadores afirmam que o escritório de Martins repassou parte dos valores recebidos para outro advogado investigado e denunciado como integrante do esquema.
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Comentários (10)
Alessandro
2020-09-09 22:51:50Há de chegar o dia do acerto de contas entre injustiçados/roubados e os donos das capitanias hereditárias. Não, nesse dia não haverá concreto, blindagem ou segurança armada capaz de conter a fúria de centenas de milhares. Amém.
Maria
2020-09-09 21:01:32O sucesso financeiro dos filhos de ministros em Brasília $$$$
Silvia
2020-09-09 19:35:35O Sucesso Financeiro do Judiciário brasileiro... #lavatogaurgente
Dalton
2020-09-09 17:31:21Isso é só uma pontinha, eu imagino o que são os Tribunais de Contas Estaduais, que devem estar alinhados com muita corrupção, olha quantos governadores foram presos até hoje? Por isso a urgência de acabar com a Lava Jato. Tem muito ainda para saber, nosso país é infestado de corrupção.
Alberto
2020-09-09 17:18:38Essa pratica se estende desde Desembargadores a Ministros , cujos filhos têm ou são sócios de Escritórios de advocacia e usam de sua influência pra beneficiar essas ações.O nosso Brasil, não tem mais jeito Não. Se cair no Supremo ...já sabemos qual o resultado!!!
Solange
2020-09-09 15:47:21A Máfia está no vértice, tem jeito não
Heloisa
2020-09-09 15:41:28Quem diria em 2018 , o povo comemorava o feito fantástico da direita em governar , a bandeira da esperança propalada aos quatro ventos,pelo Presidente eleito iria acabar com a corrupção sistêmica instalada .Estava sim começando o mandato do maior estelionatário eleitoral. E os Poderes que já estavam eivados pela corrupção perceberam pelo cheiro fétido da Familícia oportunidade única para aliarem-se ao Capo e acabar de vez com a LAVA JATO. Se é bom para a Familícia, é bom para “todos os poderes”.
Maria
2020-09-09 15:40:06E nada acontece com esses canalhas. Que nojeira...
JOAN
2020-09-09 13:39:42Isso é que é notório saber jurídico! "O bambum tá gemendo", Jotinha!
Otavio
2020-09-09 11:59:42Por isso ninguém no executivo nem nas altas cortes quer que a Lavajato avance, querem criminalizar o Deltan, Moro e outros que desafiaram o esquema. Cadê a prisão depois de condenação em 2a instância? Os tribunais no Brasil sao agentes políticos e não legais.