Falas de Lula viram dor de cabeça para o Palácio do Planalto
A avaliação de uma ala do Planalto é que o presidente da República deu munição de forma gratuita aos integrantes da oposição
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Após as falas de Lula sobre o preço dos alimentos, integrantes do Palácio do Planalto pretendem aconselhar o presidente da República a falar menos de improviso e a conceder menos entrevistas, mesmo para veículos alinhados ao governo federal.
A avaliação de uma ala do Planalto, conforme apurou Crusoé, é que o presidente da República deu munição de forma gratuita aos integrantes da oposição ao afirmar que o brasileiro precisa substituir produtos caros por outros mais baratos como forma de se conter a inflação.
“Se você vai num supermercado aí em Salvador e desconfia que tal produto está caro, você não compra. Se todo mundo tiver essa consciência e não comprar aquilo que acha que está caro, quem está vendendo vai ter que baixar [o preço], senão vai estragar”, declarou Lula nesta quinta-feira, 6, às rádios Metrópole e Sociedade, da Bahia.
A oposição aproveitou a fala e intensificou as críticas à condução da política econômica do governo federal. Assim como aconteceu no caso da crise do Pix, um vídeo do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), agora falando sobre substituições de produtos, viralizou nas redes sociais nesta quinta-feira.
Neste episódio em específico, o que chamou a atenção dos aliados do Presidente da República é que Lula não caiu em uma ‘arapuca’ da imprensa. A frase polêmica não partiu de uma pergunta capciosa dos jornalistas. Ela foi proferida por livre e espontânea vontade do presidente da República.
Essa não é a primeira vez que Lula se mete em polêmicas ao falar de improviso ao longo do terceiro mandato. Lula já classificou a ditadura de Nicolás Maduro como algo normal; pediu para uma mãe de cinco filhos ‘fechar a perna’; e disse que uma máquina de lavar roupas é muito importante para as mulheres.
Após Sidônio Palmeira assumir a Secretaria de Comunicação (Secom), uma das metas determinadas pelo novo ministro é que o presidente da República fale mais e tenha mais contato com a população. Por isso, Lula intensificou as entrevistas e as aparições públicas.
Em menos de uma semana, o presidente da República concedeu duas entrevistas a pool de rádios e fez dois discursos.
Como mostrou O Antagonista em janeiro, Paulo Pimenta deixou a Secom em 14 de janeiro, mas a popularidade do presidente não melhorou desde que Palmeira assumiu seu lugar. Pelo contrário.
Na comparação com pesquisa Genial/Quaest divulgada em dezembro, a aprovação do petista caiu cinco pontos, de 52% para 47%, enquanto a desaprovação foi de 47% para 49%. Já a avaliação negativa sobre o governo subiu de 31% para 37%.
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Comentários (2)
Gabriel Mateus Machado Fucks
2025-02-07 18:10:30E ainda há quem elogie a oratória de Lula, soltar jargões populistas é fácil. No momento em que a realidade se impõe, e as promessas de campanha ficam de lado, sobra este ser patético que sempre foi o Lula, com falas sem a intelectualidade que espera-se de alguém que ocupe um cargo de Presidência da República.
Sônia Adonis Fioravanti
2025-02-07 13:50:04Tá cada vez mais gaga