EUA restringem visto a aliados do regime cubano por “exploração de médicos”
Departamento de Estado bloqueou entrada de indivíduos ligados à ditadura cubana por explorar profissionais da saúde no exterior

O Departamento de Estado americano anunciou restrição de vistos a indivíduos ligados à ditadura cubana em função de um esquema de trabalho forçado de médicos enviados ao exterior.
Filho de cubanos, o secretário Marco Rubio afirmou que as "medidas promovem a responsabilização daqueles que apoiam e perpetuam essas práticas exploratórias".
"O programa de exportação de mão de obra cubana abusa dos participantes, enriquece o regime cubano corrupto e priva os cubanos comuns de cuidados médicos essenciais de que necessitam desesperadamente em sua terra natal", diz trecho da nota publicada no site oficial do Departamento.
E continua:
"Nosso objetivo é apoiar o povo cubano em sua busca por liberdade e dignidade, ao mesmo tempo em que promovemos a responsabilização daqueles que contribuem para um esquema de trabalho forçado. Ao implementar essas restrições de visto, os EUA estão enviando uma mensagem clara sobre nosso compromisso com a promoção dos direitos humanos e o respeito aos direitos trabalhistas em todo o mundo. Incentivamos outras nações a se juntarem a nós nesse esforço", afirma Rubio.
Juízes sancionados
Em maio, o governo Trump impôs sanções contra três juízes e um promotor cubanos, do Tribunal de Havana, por envolvimento na detenção ilegal do manifestante Luis Robles Elizástigui.
Em nota oficial, os EUA acusam os juízes Gladys Maria Padrón Canals, Maria Elena Fornari Conde e Juan Sosa Orama, além de promotora Yanaisa Matos Legrá, de serem “agentes do regime cubano” e de desempenharem um “papel crucial nas detenções e processos arbitrários”.
"O Departamento de Estado está designando quatro funcionários do regime cubano por uma grave violação de direitos humanos, a saber, a detenção arbitrária de Luis Robles Elizástigui. Juízes e promotores, que são agentes do regime, e não de um judiciário independente, desempenham um papel crucial nessas detenções e processos arbitrários. Eles são responsáveis pelos processos judiciais fraudulentos que visam, condenam e sentenciam injustamente indivíduos por suas manifestações pacíficas e ativismo. Isso se aplica igualmente à reprisão de presos políticos que são devolvidos à prisão por motivos frívolos, como José Daniel Ferrer e Félix Navarro”, diz trecho.
Segundo o departamento de Estado chefiado por Marco Rubio, os quatro membros do Judiciário cubano e suas respectivas famílias ficarão proibidos de entrar nos EUA.
“Essas punições são mais uma prova de que o governo Trump está comprometido em responsabilizar funcionários do regime cubano envolvidos em violações de direitos humanos. Continuamos a usar todas as ferramentas disponíveis para defender os direitos humanos do povo cubano e incentivar nossos aliados e parceiros a fazerem o mesmo”, afirma.
Em 2020, Robes Elizástigui foi preso após protestar pacificamente em Havana com um cartaz em favor da liberdade de expressão e contra a repressão do regime cubano.
Na ocasião, o manifestante foi acusado de “desobediência” e “propaganda inimiga”.
Cinco anos depois, em 2025, ele foi libertado.
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Comentários (1)
Liana
2025-06-03 21:40:21Podemos colocar aí a Dilma, o Lula, o PT inteiro?