Erdogan decreta luto oficial pela eliminação do chefão terrorista do Hamas
O presidente da Turquia, Recep Tayyp Erdogan (foto), decretou luto oficial nesta sexta, 2, pela morte do chefe terrorista do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã, capital do Irã. "A fim de mostrar o nosso apoio à Causa Palestina e a nossa solidariedade para com os nossos irmãos palestinos, um dia de luto nacional foi declarado...
O presidente da Turquia, Recep Tayyp Erdogan (foto), decretou luto oficial nesta sexta, 2, pela morte do chefe terrorista do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã, capital do Irã.
"A fim de mostrar o nosso apoio à Causa Palestina e a nossa solidariedade para com os nossos irmãos palestinos, um dia de luto nacional foi declarado amanhã (sexta-feira, 2 de agosto) devido ao martírio do presidente do Bureau Político do Hamas, Ismail Haniyeh. Lembro-me com misericórdia de Ismail Haniyeh e de todos os mártires palestinos, e apresento as minhas condolências ao povo palestino em meu nome e em nome da minha nação", escreveu Erdogan no X.
Em todo o mundo, embaixadas da Turquia mantiveram a bandeira a meio-mastro para homenagear o terrorista.
Erdogan também bloqueou o acesso ao Instagram na Turquia.
A Autoridade para as Tecnologias de Informação e Comunicação do país anunciou a medida no início desta sexta, sem explicar a razão.
Antes, o diretor de comunicações do governo turco, Fahrettin Altun, tinha criticado a empresa da Meta de impedir que os usuários da Turquia publicassem homenagens ao terrorista Haniyeh.
Pano para o Hamas
Erdogan nunca chamou o Hamas de terrorista, mas de "grupo de libertação que luta para proteger a sua terra".
"O Hamas não é uma organização terrorista, é um grupo de libertação, 'mujahideen' que trava uma batalha para proteger as suas terras e o seu povo", disse ele em outubro do ano passado.
Há anos, Erdogan tem apoiado o Hamas e se encontrado com vários líderes do grupo palestino, incluindo Ismail Haniyeh, eliminado esta semana.
Os cabeças do grupo recebem passaporte turco e muitos vivem parte do ano no país.
Na Turquia, o Hamas tem um escritório desde 2011. O local é usado para recrutar membros e buscar financiamento para suas ações.
Além de manter ótimas relações com os terroristas palestinos, o presidente turco acolheu a Irmandade Muçulmana, organização fundada no Egito em 1928 e que foi o berço do Hamas.
A Turquia também incentiva a Ala Norte do Movimento Islâmico, que foi declarada ilegal em Israel e participou dos protestos no país, em 2021.
Ameaça contra Israel
No domingo, 28, Erdogan declarou que poderia considerar uma ação militar contra Israel em apoio à Palestina, sem dar mais detalhes.
Como a Turquia é integrante da Organização do Tratado do Atlântico Norte, uma ação militar contra Israel enfrentaria ampla resistência no bloco militar.
Erdogan, contudo, usa o discurso pró-Palestina e contra Israel para reforçar seu poder internamente.
Além disso, Erdogan busca a liderança no mundo muçulmano, competindo diretamente com o Irã em influência no Oriente Médio.
Seu pendor imperialista também é determinante.
Saudosista do Império Otomano, que governou em quase toda a região, Erdogan não viu com bons olhos a aproximação entre Israel e outros países árabes. O ataque do Hamas, dessa forma, foi providencial para Erdogan, assim como o foi para os iranianos, que têm uma longa aspiração de liderar a região e usam grupos terroristas para minar qualquer movimento que favoreça seus rivais ou que leve paz ao Oriente Médio.
Leia em Crusoé: O pano de Erdogan para o Hamas
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Comentários (2)
Adonis
2024-08-05 11:58:57Erdogan faz os camaleões se contorcerem de inveja.
Amaury G Feitosa
2024-08-03 10:33:31Aqui acusam qualquer ação contra a ditadura esquerdopata corrupta de "terrorismo" mas não se achanham de apoiar o Irã e um líder terrorista assassino cruel e insano ... mas faz parte do decálogo comuno-fascista ACUSEM ADVERSÁRIOS DE SEUS CRIMES ... estou mentindo?