Eduardo Barretto/CrusoéNo cafezinho do TSE, urna de mentirinha. Na real, Lula não deverá aparecer

Enquanto TSE não julga Lula, plateia está sonolenta

31.08.18 16:26

Enquanto os ministros do TSE discutiam se aceitavam a candidatura do tucano Geraldo Alckmin, com plateia desinteressada, o advogado de Jair Bolsonaro, Tiago Ayres, andava de um lado para o outro do lado de fora do plenário. Murmurava sozinho e bebia café em copos plásticos.

Ayres contestou a candidatura de Lula no último dia 16, dia seguinte ao registro do pedido do petista na corte para se candidatar. A candidatura de Lula é o grande evento desta sexta-feira. Quem assistia aos julgamentos anteriores no plenário se mostrava pouco atento — foram julgados, e aprovados, os registros dos presidenciáveis Eymael e Alckmin.

“Lula não pode ter tratamento exclusivo. Isso seria utópico e o TSE não aceitará essa situação”, diz o defensor de Bolsonaro, que falará contra o registro do ex-presidente mais tarde aos ministros. Ayres já está paramentado com a capa negra dos advogados que fazem sustentação oral nas cortes superiores.

Ao lado da garrafa de café, onde o advogado se preparava, está uma urna eletrônica de papelão. No fim do dia, o tribunal deve decidir que, nas urnas reais, Lula não poderá aparecer.

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