Empresário pagou propina para delegado investigar ex-sócio, diz delator

17.10.20 16:07

Os investigadores da Operação Tergiversação descobriram que um grupo de advogados intermediava, mediante o pagamento de propina, os interesses de empresários junto a policiais federais na superintendência da PF no Rio de Janeiro. Um dos casos, que resultou em busca e apreensão contra três advogados na quinta-feira, 16, mostra como um empresário teria repassado 50 mil reais a um delegado federal para ele investigar um ex-sócio com quem mantinha uma disputa judicial.

O caso foi narrado no acordo de colaboração premiada de Marcelo Guimarães, advogado que integrava o grupo responsável por repassar a propina aos policiais. Segundo ele, o empresário Arthur Pinheiro Machado (foto), dono do Americas Trade Group, pagou 50 mil reais ao delegado Lorenzo Martins Pompílio em troca da investigação sobre seu ex-sócio Alberto Francisco da Cunha e Silva Jacobsen.

Machado é investigado em vários inquéritos e foi alvo de operações nos últimos anos devido a suspeitas de irregularidades em aportes de fundos de pensão, em especial o Postalis, em suas empresas.

O pagamento para o delegado, segundo Guimarães, também tinha como objetivo conseguir uma certidão de nada consta para Machado apresentar à Justiça de São Paulo e mostrar que não era investigado pela PF do Rio. Para reforçar seu relato, o delator entregou ao MPF trocas de mensagens de Whatsapp com o advogado Rafael Farias, que também seria integrante do grupo criminoso, em que eles tratam do tema.

Na decisão que autorizou as buscas, a juíza Caroline Vieira Figueiredo afirma que as mensagens “ratificam o relato apresentado pelo colaborador sobre o pagamento de vantagens indevidas efetuado por Arthur Pinheiro Machado, a fim de que fosse realizada uma investigação em desfavor de Jacobsen, inclusive no que concerne à intimação de seu filho para ser ouvido na Polícia Federal”.

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    1. Apenas um rolo não "cerveria" pra limpar as nadegas do senador. nos bengala alí se sentiria um anão...

    2. Nesse Brasil não tem um negociação com agentes públicos que não sejam ilegais. Até para comprar um rolo de papel higiênico que cerveria para limpar as nádegas do Senador tem sacanagem, super faturamento . Brasil afundado na lama da roubalheira.

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