Em última reunião de 2020, Copom mantém taxa básica de juros em 2% ao ano
Na última reunião de 2020, o Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu nesta quarta-feira, 9, manter a taxa básica de juros em 2% ao ano, menor patamar da história. A decisão ocorre em meio à alta da inflação. Em comunicado, a autoridade monetária afirmou que, "apesar da pressão inflacionária mais forte no curto prazo, o...
Na última reunião de 2020, o Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu nesta quarta-feira, 9, manter a taxa básica de juros em 2% ao ano, menor patamar da história.
A decisão ocorre em meio à alta da inflação. Em comunicado, a autoridade monetária afirmou que, "apesar da pressão inflacionária mais forte no curto prazo, o Comitê mantém o diagnóstico de que os choques atuais são temporários".
De acordo com o texto, o colegiado considera adequado o atual nível "extraordinariamente elevado" de estímulo monetário que vem sendo produzido pela manutenção da taxa básica de juros e pelo forward guidance adotado há meses, segundo o qual o grau de incentivo não será reduzido, desde que determinadas condições sejam satisfeitas.
"O Copom avalia que essas condições seguem satisfeitas. Apesar da elevação desde a última reunião, em particular para o ano de 2021, as expectativas de inflação, assim como as projeções de inflação de seu cenário básico, permanecem abaixo da meta de inflação para o horizonte relevante de política monetária; o regime fiscal não foi alterado; e as expectativas de inflação de longo prazo permanecem ancoradas", diz o comunicado.
A Selic é um instrumento de controle usado pelo BC. Funciona da seguinte forma: se a inflação está alta ou há indicação de que ficará acima da meta, o Copom eleva a Selic. Assim, sobem os juros cobrados pelos bancos, com o encarecimento do crédito e o freio no consumo. Há redução do dinheiro em circulação e, logo, a inflação tende a cair. Contudo, quando as estimativas para a inflação estão alinhadas à meta, é possível reduzir os juros, estimulando a produção e o consumo.
Apesar de a inflação estar crescendo nos últimos meses, a previsão mais recente de economistas sinaliza que ela somará 4,21% neste ano e 3,34% em 2021. A estimativa, portanto, é de que ficará acima da meta central de 4% de 2020, mas ainda dentro do intervalo de tolerância.
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Comentários (3)
Clóvis
2020-12-09 20:57:05Que argumentos são esses? Pelo que se sabe, pagando juros inferiores à metade da inflação, o que provoca é fuga de capitais
Clóvis
2020-12-09 20:51:30Conversa pra boi dormir. Estão é provocando fuga capitais, com juros no mercado interno em nível inferior à metade da inflação.
Jose
2020-12-09 19:10:55Quem acredita em uma inflação de 4% ao ano? O reajuste anual do aluguel foi de 24%. A desvalorização do real jogou todos os preços para a altura, o déficit fiscal aumentou enormemente e todos os investidores fugiram com receio do psicopata. O Brasil só não está quebrado porque o Lularápio multiplicou por 3 as reservas internacionais. São estas reservas que sustentam a economia do genocida!