Em relatório final, procuradores criticam decisão da PGR que asfixiou a Greenfield
Ex-membros da força-tarefa Greenfield apresentaram o relatório final das investigações e, no documento, criticaram a "pequena estrutura" oferecida pela Procuradoria-Geral da República ao grupo. Mais de 12 bilhões de reais foram recuperados, mas apenas 44% das metas foram atingidas pela força-tarefa destinada a investigar desvios nos fundos de pensão e na Caixa Econômica Federal. Os...
Ex-membros da força-tarefa Greenfield apresentaram o relatório final das investigações e, no documento, criticaram a "pequena estrutura" oferecida pela Procuradoria-Geral da República ao grupo. Mais de 12 bilhões de reais foram recuperados, mas apenas 44% das metas foram atingidas pela força-tarefa destinada a investigar desvios nos fundos de pensão e na Caixa Econômica Federal.
Os procuradores relembram, por exemplo, a decisão da Procuradoria-Geral da República, sob o comando de Augusto Aras, de retirar a exclusividade dos profissionais da força-tarefa em julho de 2020. Eles ressaltam que, àquela altura, já alertavam o órgão de que o efetivo era "bastante aquém do necessário" e que, a partir dali, "sofreu grave prejuízo".
"Em razão da falta de estrutura adequada de trabalho, o procurador natural do caso, Anselmo Henrique Cordeiro Lopes, único que permaneceu com exclusividade para atuar, decidiu afastar-se da força-tarefa em setembro de 2020", relatam os procuradores. O ex-coordenador também assina o documento.
Na conclusão, os procuradores afirmam que "apesar de todos os percalços, em termos financeiros, é bastante positivo o saldo de valores garantidos em apreensões, repatriações e reparações pactuadas pela Greenfield".
"Dessa forma, mostra-se extremamente positiva a relação custo-retorno da força-tarefa, devendo-se considerar ainda as melhorias não contabilizadas de gestão e controle dos fundos de pensão do país e da CEF, tudo em decorrência do trabalho da Greenfield e das instituições parceiras", concluem.
O fim da operação faz parte do plano de asfixia das forças-tarefas do procurador-geral da República, Augusto Aras, como mostrou Crusoé, em sua edição de número 135. Além de acabar com o grupo, a PGR ainda nomeou Celso Antônio Tres, crítico ferrenho da Lava Jato, como procurador natural dos casos da Greenfield.
Pouco depois de assumir o posto, ele enviou um ofício à PGR em que dizia: "Não estou aqui para trabalhar muito". O documento foi revelado pelo jornal O Globo. Estão nas mãos dele todas as investigações que não tenham resultado, ainda, em oferecimento de ações contra os envolvidos.
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Comentários (4)
Volf MS
2021-01-21 12:35:43Essas operações não interessa ao governo ao PT ao centrão, enfim não interessa a ninguém
Claide rocha
2021-01-21 12:16:43Aras...você sufocou a lavajato..mas ela é nós brasileiros que ainda estamos VIVOS..não vamos esquecer de sua pequenez....aguarde..o Brasil vai balançar..e você é seu patraozinho assassino bandido..vão cair
CARLOS H
2021-01-21 12:10:29Barbaridade! O contribuinte deveria ser protegido pelo PGR e MPF. Este Aras é pura falcatrua!
Oliver
2021-01-21 11:52:05Pgr capacho, pau-mandado, babá dos filhinhos do papai.