Em carta, oito ex-PGRs criticam 'insinuações sem provas' contra urna eletrônica
Oito ex-procuradores-gerais da República assinaram uma carta divulgada nesta segunda-feira, 12, criticando as "insinuações sem provas" feitas pelo presidente Jair Bolsonaro contra a urna eletrônica. Sem mencionar o nome do presidente, os antigos PGRs, que também foram procuradores-gerais eleitorais, afirmam que o equipamento usado desde as eleições de 1996 "operam com absoluta correção, de modo...
Oito ex-procuradores-gerais da República assinaram uma carta divulgada nesta segunda-feira, 12, criticando as "insinuações sem provas" feitas pelo presidente Jair Bolsonaro contra a urna eletrônica.
Sem mencionar o nome do presidente, os antigos PGRs, que também foram procuradores-gerais eleitorais, afirmam que o equipamento usado desde as eleições de 1996 "operam com absoluta correção, de modo seguro e plenamente auditável".
"Em todas as eleições brasileiras sob o sistema de urnas eletrônicas jamais houve o mais mínimo indício comprovado de fraude", afirma a carta assinada por Raquel Dodge, Rodrigo Janot, Roberto Gurgel, Antonio Fernando de Souza, Claudio Fonteles, Aristides Junqueira, Sepúlveda Pertence e Inocêncio Coelho.
Na última semana, o presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar a urna eletrônica, xingou o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Luís Roberto Barroso, de "imbecil" e disse que o Brasil pode não ter eleições em 2022 se o sistema de votação não for alterado.
"Insinuações sem provas, que pretendem o descrédito das urnas eletrônicas, do voto e da própria democracia, devem ser firmemente repelidas em defesa da verdade e porque contrariam a expectativa de participação social responsável pelo fortalecimento da cidadania", completam os ex-PGRs.
No texto, eles afirmam ainda que em 2011 e 2018 a PGR pediu ao Supremo Tribunal Federal que declarasse a inconstitucionalidade de leis que obrigavam a impressão do registro do voto e, assim, afrontavam os direitos constitucionais do eleitor ao voto secreto e à liberdade do voto. "Nessas duas ações de inconstitucionalidade, a decisão do STF foi unânime", afirmam.
Os ex-procuradores-gerais destacam que as urnas eletrônicas são fiscalizadas pelo Ministério Público Eleitoral, por partidos políticos, pela OAB e pela sociedade civil, antes, durante e após as eleições. Além de Barroso, outros ministros do STF, como Alexandre de Moraes, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, garantiram a realização das eleições do ano que vem após as declarações de Bolsonaro.
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Comentários (4)
george garcia
2021-07-13 16:59:39Ja passou da hora que o TSE torne o código da urna eletrônica aberto e permita que especialistas critiquem o código ou confirmem que ele é seguro. Sem isso vamos sempre ficar no escuro e não vamos nunca ter uma solução.
KEDMA
2021-07-13 08:28:14Muito bom os ex-PGR terem se manifestado. O capitão reformado acha que pode tudo porque não é servidor público.
Jose
2021-07-12 22:32:25Cadeia para o Bozo e para os Bozistas. Todos serão enjaulados por crime contra a humanidade!
Takaiuki
2021-07-12 21:25:14Aí tem !!! Qual o problema do voto impresso. Esquerdistas estão preocupadíssimos, porque será? A turma do bem poderá responder o que eles já sabem.