Em Caracas, milicianos atacam protesto de professores
O ano escolar na Venezuela começou nesta segunda-feira, 16. Aproveitando a data, a Federação Venezuelana dos Professores marcou uma manifestação em frente ao Ministério da Educação (foto), no centro de Caracas, para reclamar dos baixos salários, da falta de benefícios sociais e do elevado custo de vida. De repente, um grupo de homens saiu do...
O ano escolar na Venezuela começou nesta segunda-feira, 16. Aproveitando a data, a Federação Venezuelana dos Professores marcou uma manifestação em frente ao Ministério da Educação (foto), no centro de Caracas, para reclamar dos baixos salários, da falta de benefícios sociais e do elevado custo de vida.
De repente, um grupo de homens saiu do Ministério. Eles começaram a gritar slogans bolivarianos e a bater em alguns professores. "Como professora, fico constrangida em repetir as coisas que eles gritaram para a gente", diz a venezuelana Maria Teresa Clemente, que trabalha na Federação Venezuelana de Professores e estava presente no ato. Minutos depois, milicianos chavistas irromperam com suas motos e atiraram para o alto.
Segundo Maria Teresa, um professor iniciante na Venezuela ganha um salário de 120 mil bolívares soberanos. É pouco mais do que uma cartela com 30 ovos, que custa 80 mil bolívares. As escolas não têm água ou energia. Cerca de 100 mil professores do ensino primário deixaram o país. "No ano letivo anterior, os alunos não chegaram a ter 30% das aulas", diz a professora. "Seria muito difícil começar outro ano nas mesmas condições."
Outra preocupação é com o programa estatal Chamba Juvenil ("Emprego Juvenil", em espanhol), criado pelo ditador Nicolás Maduro. "O governo está recrutando donas de casas e jovens que gostam da educação para dar aulas. Mas essas pessoas sequer têm diploma. É o mesmo que colocar um menino cuidando de outro menino", diz Maria Teresa.
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Comentários (10)
KATIA
2019-09-19 13:47:28Que tristeza!
Flávio
2019-09-17 08:44:58fora Esquerdalha!
Maria
2019-09-17 07:29:04Professores doutrinadores que adoram o marxismo deveriam obrigatoriamente fazer uma pós graduação no assunto lá na Venezuela! Seria de grande proveito...
Flavio
2019-09-16 22:47:20Aqui já é assim colocamos marxistas dando aula
SOLANGE
2019-09-16 21:35:02Os nossos professores sindicalizados querem chegar é nisto...
PCC
2019-09-16 20:20:10Isso aí é o socialismo defendido e apoiado pelas nossas universidades públicas, pelo PT, PSOL e Cia. são bandidos apoiando bandidos. Temos que escorraçar essa gente antes que seja tarde demais.
Fábio
2019-09-16 19:19:59Os milicianos chavistas são os bandidos venezuelanos . Quando o socialismo for implantado no Brasil , os bandidos do PCC , do Comando Vermelho , do Terceiro Comando e da Família do Norte vão ser milicianos socialistas também . O chefe da contabilidade do PCC já falou em ligação gravada pela polícia que o PCC tem um diálogo cabuloso com o PT . 🇧🇷
Rodrigo
2019-09-16 18:24:45Isso aí, pessoal, votem na esquerda, votem em populistas que te prometem dar tudo de graça...
Uirá
2019-09-16 18:12:39A falta de acesso à educação de boa qualidade no fim impacta todos os indicadores sociais e ainda gera efeitos negativos sobre o meio ambiente. O ser humano só vê aquilo que o afeta diretamente, por isto que nenhum país desenvolvido se preocupa realmente com o nível de educação em países subdesenvolvidos. No entanto, o subdesenvolvimento contribui para pobreza, miséria e guerras que irão gerar fluxos migratórios descontrolados, além de desestimular a adoção de práticas sustentáveis.
Uirá
2019-09-16 18:05:49Se fala muito da questão da preservação do meio ambiente, mas a educação é na verdade muito mais vital do que ela, inclusive pq é um dos componentes mais preponderantes para se compatibilizar aumento de renda com sustentabilidade. Se há países dispostos a travar acordos econômicos e adotar sanções contra quem devasta o meio ambiente, isto deveria ser mais do que válido para governos que não oferecem os níveis mínimos de educação para suas populações.