Doria diz esperar que Queiroga tenha 'juízo' e rejeite negacionismo

O governador de São Paulo, João Doria (foto), afirmou esperar que o futuro ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, tenha "juízo" e rejeite o "negacionismo" sobre a pandemia do novo coronavírus. O médico cardiologista, anunciado como sucessor de Eduardo Pazuello pelo presidente Jair Bolsonaro, assumirá o posto nos próximos dias.

Doria falou sobre Queiroga enquanto fazia cobranças ao governo federal quanto à disponibilização de vacinas contra a Covid-19, durante coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes. O tucano questionou onde está a "enxurrada" de imunizantes prometida por Pazuello.

Nesta semana, o general informou que o governo assinou contratos para a compra de um total de 562.911.800 doses de vacinas. A entrega do estoque, no entanto, não ocorrerá de forma imediata. O envio das remessas de imunizantes ao Brasil ocorrerá entre este mês e dezembro.

De acordo com Doria, até 30 de abril, o Instituto Butantan terá entregado ao ministério 46 milhões de doses da Coronavac -- 22,6 milhões de doses deste total já foram repassadas à pasta. Entre 1º de maio e 30 de agosto, mais 54 milhões de doses do imunizante chegarão ao órgão.

"Onde estão as outras vacinas? Onde está a enxurrada de vacinas prometida pelo ex-ministro Eduardo Pazuello? A única enxurrada que vemos até o presente momento no Brasil é uma enxurrada de mortes e, não, de vacinas. Precisamos de mais vacinas", comentou Doria.

"Eu espero que novo ministro da Saúde, que acaba de tomar posse, tenha juízo, mantenha seu compromisso com aquilo que fez o juramento, que é proteger os princípios da vida e da saúde. Que siga esta linha como novo ministro e, não, a linha negacionista", emendou.

Durante a coletiva, o tucano ainda anunciou a antecipação da vacinação de idosos no estado. Pessoas com idade entre 72 a 74 anos serão imunizadas a partir de sexta-feira, 19, em vez de no dia 22 de março, como marcado anteriormente.