Agência Brasil

Dodge volta a pedir que Marcos Valério não vá para o semiaberto

22.05.19 14:48

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, informou na terça-feira, 21, ao Supremo Tribunal Federal, ser contra o pedido de progressão de regime fechado para o semiaberto apresentado pelo publicitário Marcos Valério (foto), condenado a mais 37 anos de prisão pelo mensalão.

Marcos Valério foi preso em 2013 e tenta desde o ano passado cumprir o restante da sentença em regime domiciliar. Como já sustentou no início do ano, Dodge frisou a existência de indícios de que ele cometeu faltas graves e recebeu tratamento diferenciado e regalias na Associação de Proteção e Assistência ao Condenado de Sete Lagoas, em Minas Gerais, onde cumpre a pena. Assim, não teria direito ao benefício.

O Ministério Público de Minas Gerais investiga se houve regalias desde 2018, e a suspeita também resultou na instauração de um Processo Administrativo Disciplinar. A apuração interna absolveu o publicitário, mas Dodge lembrou na manifestação enviada ao ministro Luís Roberto Barroso que o procedimento reuniu relatos de que Marcos Valério recebeu tratamento diferenciado com permissão do então presidente do estabelecimento, afastado do cargo por decisão judicial.

Segundo os testemunhos, o publicitário era o único entre os detentos a não usar algemas em saídas da instituição, como em idas ao dentista. Além disso, ele teria se encontrado com a mulher no consultório odontológico e usado um telefone celular cedido pelo próprio dentista.  Outro funcionário da prisão disse que “já ocorreu de o filho e a filha do Marcos Valério entrarem na Apac, no regime fechado, junto com os advogados dele, isso sem que tivessem feito o registro de visita e também em dia que não destinado à realização de visitas”.

A defesa de Marcos Valério diz que ele é vítima de uma série de extorsões consistentes na cobrança de valores, que variariam de 100 reais a 200 mil reais, de novembro de 2017 a maio de 2018, feitas por outros detentos e trabalhadores da unidade prisional. Dodge afirma que há inconsistências na documentação apresentada para provar o fato.

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