Ditadura tomou casas vizinhas à embaixada argentina, denuncia María Corina
Seis opositores a Nicolás Maduro continuam refugiados na embaixada da Argentina em Caracas, à espera de um salvo-conduto do regime chavista
A líder da oposição venezuelana María Corina Machado (foto) afirmou nesta terça-feira, 10, que a ditadura de Nicolás Maduro levou o cerco à embaixada da Argentina em Caracas, onde seis opositores ao regime chavista estão refugiados, a um novo patamar, tomando à força as casas particulares que circundam o prédio.
"Tomaram à força as casas particulares que circundam a instalação da embaixada argentina, retirando à força seus proprietários, criando ali unidades civis e militares armadas e comandos contra cidadãos indefesos, insisto, em território argentino. Isso nunca tinha acontecido", denunciou a opositora ao participar, por videoconferência, de um evento em favor dos direitos humanos realizado em Madri, na Espanha.
"Eles os intimidaram a tal ponto que ninguém se atreve a abordá-los e trazer-lhes comida e remédios", acrescentou. "Ou seja, querem submetê-los a torturas psicológicas e físicas para quebrá-los."
Para María Corina, o cerco à embaixada é "ato de guerra" a Brasil e Argentina, lembrando que, embora esteja sob custódia do Itamaraty, a embaixada argentina é "território argentino".
"Regime em fase terminal"
A opositora a Maduro disse ainda que a Venezuela enfrenta um "regime em fase terminal", que dá sinais de "desespero".
María Corina afirmou estar convencida de que "no dia 10 de janeiro, quem estará contra o muro é Maduro".
Para ela, o ditador tem duas opções: "ou aceita os termos de uma negociação e Edmundo González toma posse e todos ganhamos, incluindo o próprio regime", ou "continua com sangue e fogo", prolongando "tirania".
Caso decida pela segundo opção, como indica que fará, Maduro cometeria o "pior erro", porque "a pressão aumentaria", disse María Corina Machado.
No evento, Edmundo González manifestou a sua vontade de facilitar uma transição "ordenada".
"Sabemos que neste momento, entre aqueles que ainda controlam o Estado venezuelano, não há vontade de acatar a vontade cidadã expressa nas eleições presidenciais", afirmou.
Leia também: Países latino-americanos exigem salvo-conduto a asilados em embaixada em Caracas
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Comentários (1)
Marcia Elizabeth Brunetti
2024-12-11 08:16:35Mais países devem se juntar a esta pressão para tirar Maduro do poder. Agora Lula, sem mais obrigações , devido ao seu acidente não estará colaborando. Já começo a pensar se ele não está adotando o método Bozo de escapar das responsabilidades.