Para os EUA, ditadura de Daniel Ortega facilita imigração ilegal
O governo dos EUA aplicou nesta quarta-feira, 15, uma série de sanções a um grupo de empresas ligadas ao governo do ditador Daniel Ortega, na Nicarágua. Entre as empresas afetadas, estão empresas de mineração que atuam no país, além de um centro de treinamento do governo russo instalado na capital do país, Manágua. Ao explicar...
O governo dos EUA aplicou nesta quarta-feira, 15, uma série de sanções a um grupo de empresas ligadas ao governo do ditador Daniel Ortega, na Nicarágua. Entre as empresas afetadas, estão empresas de mineração que atuam no país, além de um centro de treinamento do governo russo instalado na capital do país, Manágua.
Ao explicar a sanção da empresa russo-nicaraguense, o departamento do Tesouro americano argumentou que se trata de uma empresa, ligada ao Ministério de Assuntos Interiores de Moscou, "que treina aqueles sob o comando do regime de Ortega pelo manual de opressão do governo autoritário russo".
A instituição, chamada de RTC, seria "uma peça-chave para o regime opressor da sociedade civil na Nicarágua" e estaria ligada, diretamente, à imigração ilegal nos Estados Unidos.
"Os departamentos de Estado, Tesouro, e Segurança Nacional estarão lançando uma diretriz conjunta para alertar a indústria de turismo sobre as maneiras que traficantes [ligados ao governo de Ortega na Nicarágua] estão facilitando a imigração ilegal nos Estados Unidos", explicou o tesouro americano em nota.
Um dos amigos de Lula na esquerda latino-americana, o governo de Daniel Ortega tem se mantido no poder nas últimas décadas, em grande parte, pela exclusão sumária de adversários da disputa eleitoral. O Judiciário aparelhado ajuda nos planos de Ortega, mas a igreja se mantém como uma pedra no sapato no governo de Manágua.
No fim do ano passado, a escalada se acentuou contra os católicos. De acordo com o Vaticano, o governo de Ortega prendeu 14 padres e dois seminaristas, além de um bispo local.
O caso do bispo Isidoro del Carmen Mora Ortega foi o que mais chamou a atenção. Ele, que coordena a diocese de Siuna, foi preso pelas autoridades por rezar por outro bispo. Rolando José Álvarez Lagos, da cidade de Matagalpa, foi condenado a 26 anos de prisão por supostamente conspirar contra o pais, além de (segundo o governo) espalhar notícias falsas, obstruir a Justiça e insultar autoridades.
Leia mais em Crusoé: Mulher do ditador da Nicarágua assume controle do Supremo
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)