Deputados de esquerda aprovam atuação do STF, diz pesquisa

Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira, 2, aponta que a maioria dos deputados federais identificados como "de esquerda" aprova o trabalho dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo o levantamento, 74% dos congressistas ouvidos avaliam como "positiva" a atuação da Corte, enquanto 12% consideram "negativa". 

Em relação à pesquisa anterior, realizada em maio, a aprovação caiu em seis pontos percentuais.

Apenas 14% pontuam o trabalho como "regular".

Entre os deputados identificados com a "direita", a rejeição é maioria.

Para 73% dos congressistas, a atuação do Supremo é "negativa",  enquanto apenas 4% consideram "positiva".

Outros 15% dizem ser "regular" e 8% afirmam que "não sabem/não responderam".

Clima para impeachment?

Como mostramos, a grande maioria dos deputados federais com mandato não aposta na possibilidade de um impeachment.

Nem mesmo entre os de direita, que estariam próximos politicamente do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Para 65% dos deputados ouvidos, o Congresso Nacional não deverá aprovar o impeachment de um ministro do STF “no futuro”.

Apenas 22% acreditam que sim, e 13% não responderam.

uando se trata dos deputados que se identificaram como “de oposição”, 51% não apostam em impedimento de ministro do STF, contra 44% que responderam “sim”.

No caso dos deputados “de direita”, a crença é ainda menor: 57% não acreditam no impeachment, e 34%, sim.

No caso dos deputados independentes, 68% não acreditam num impedimento no Supremo, assim como 94% dos governistas.

Esses números se tornam mais eloquentes quando combinados com aqueles que indicam incômodo dos parlamentares com o STF.

Metodologia

A Quaest ouviu 203 deputados entre 7 de maio e 30 de junho. A amostra corresponde a 40% dos parlamentares da Casa.

A margem de erro estimada é de 4,5 pontos percentuais.

O número de deputados entrevistados foi definido “segundo divisão da Câmara dos Deputados por região e grupo ideológico dos partidos com base no projeto Brazilian Legislative Surveys”.

O percentual de partidos na amostra seguiu o percentual de partidos na Câmara.

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