Defesa de Flávio pede suspeição do juiz Itabaiana em inquérito eleitoral
Os advogados de Flávio Bolsonaro, do Republicanos, pediram a suspeição do juiz Flávio Itabaiana no âmbito de um inquérito que apura lavagem de dinheiro e falsidade ideológica eleitoral nas eleições de 2014 e de 2016. Nos pleitos, o filho 01 de Jair Bolsonaro conquistou a vaga de deputado estadual e foi derrotado na corrida pela prefeitura...
Os advogados de Flávio Bolsonaro, do Republicanos, pediram a suspeição do juiz Flávio Itabaiana no âmbito de um inquérito que apura lavagem de dinheiro e falsidade ideológica eleitoral nas eleições de 2014 e de 2016. Nos pleitos, o filho 01 de Jair Bolsonaro conquistou a vaga de deputado estadual e foi derrotado na corrida pela prefeitura do Rio, respectivamente.
Com atuação na área eleitoral, o magistrado também é responsável por decisões que atingiram Flávio na Justiça Estadual do Rio, nas investigações do caso Queiroz.
Partiu de Itabaiana a ordem para prender Fabrício Queiroz na semana passada, além da quebra do sigilo de 95 pessoas físicas e jurídicas ligadas ao gabinete de Flávio. O juiz também já determinou buscas e apreensões em endereços de Queiroz e da ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro, Ana Cristina Valle.
Na esfera eleitoral, o inquérito conduzido por Itabaiana foi iniciado a partir da queixa-crime de um advogado sobre a evolução patrimonial do senador e as declarações díspares ao Tribunal Superior Eleitoral em relação a seus imóveis. A exemplo, um apartamento de Flávio, declarado no valor de 560 mil reais em 2014, baixou para 423 mil reais nas eleições de 2016.
A defesa levanta a suspeição do juiz já que Rodrigo Roca, contratado por Flávio após a prisão de Queiroz e a saída de Frederick Wassef do caso, também advogou para o magistrado.
Roca, que já representou Sérgio Cabral na Operação Lava Jato, defendeu Itabaiana nos anos 1990, em uma representação do juiz contra um advogado que o criticou na Câmara Municipal de Conceição do Macambu, no norte do Rio.
Os advogados do senador ainda questionam o fato de a filha e o genro de Itabaiana serem nomeados no governo Wilson Witzel, declarado opositor do presidente Jair Bolsonaro.
Na semana passada, as investigações sobre o caso Queiroz saíram das mãos do magistrado de primeiro grau após o Tribunal de Justiça conceder foro privilegiado ao senador. Por 2 votos a 1, os desembargadores da corte decidiram que as investigações sobre Flávio devem subir para o Órgão Especial.
Um dos votos foi do desembargador Paulo Sérgio Rangel, investigado no Conselho Nacional de Justiça em razão de um negócio com um empresário preso por desvios na saúde do Rio.
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