CPI enviará carta para questionar Bolsonaro sobre escândalo Covaxin
A cúpula da CPI da Covid decidiu enviar uma carta ao Planalto para questionar o presidente Jair Bolsonaro sobre o escândalo Covaxin, segundo informou o presidente da comissão, Omar Aziz, na tarde desta quinta-feira, 8. O senador lembrou que Bolsonaro está há 13 dias sem responder as denúncias dos irmãos Miranda. Em 25 de junho,...
A cúpula da CPI da Covid decidiu enviar uma carta ao Planalto para questionar o presidente Jair Bolsonaro sobre o escândalo Covaxin, segundo informou o presidente da comissão, Omar Aziz, na tarde desta quinta-feira, 8.
O senador lembrou que Bolsonaro está há 13 dias sem responder as denúncias dos irmãos Miranda. Em 25 de junho, ao colegiado, o deputado Luis Miranda e o servidor do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda, afirmaram que relataram a Bolsonaro, em 20 de março, indícios de irregularidades na compra da vacina desenvolvida pelo laboratório Bharat Biotech, representado no Brasil pela Precisa Medicamentos.
Entre os problemas apontados ao presidente, havia a previsão de um pagamento antecipado de 45 milhões de dólares à Madison Biotech, uma offshore localizada em Cingapura, cujo nome não constava do contrato. Ao ouvir as denúncias, segundo os irmãos Miranda, Bolsonaro afirmou que o esquema era "coisa" do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, e prometeu acionar a Polícia Federal. Não há, porém, indicativos de que o Planalto mandou investigar o caso e Barros permaneceu no cargo.
De acordo com Aziz, além dele, assinarão a carta o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues, e o relator, Renan Calheiros. "É só uma resposta, presidente. Só uma que a sociedade quer ouvir de Vossa Excelência. Senhor presidente, chefe desta grande nação brasileira, na qual Vossa Excelência, como presidente tem varias pessoas que torcem pelo seu governo, como eu torço para que o Brasil dê certo, por favor, diga para a gente que o deputado Luis Miranda é um mentiroso. Diga à nação brasileira que o deputado Luis Miranda está mentindo, que seu líder na Câmara é um homem honesto", disse.
O anúncio ocorreu momentos após, durante uma conversa com apoiadores, em frente ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro acusar Aziz de ter desviado 260 milhões de reais à época em que governou o Amazonas. O presidente da comissão retrucou e alegou que o Planalto "não vai parar" a CPI.
"Não sei onde ele ouviu isso, mas, infelizmente, como ele se informa através de compadre, de compadrio, de coisas pequenas, a gente releva. Presidente, eu lhe desafio a procurar um processo em que eu seja réu ou denunciado", disparou Aziz. "O senhor já mandou os seus agentes de informação vasculharem minha vida toda. Eu não tenho dúvida disso", completou.
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Comentários (3)
João
2021-07-09 19:58:34O Bolsonaro vai cagar pra CPI.kkkkkk
Ricardo Berlinck
2021-07-08 20:44:36escândalo é uma CPI presidida por Renan e Aziz....
Scully
2021-07-08 14:13:40Depois da nota intimidatória das Forças Armadas, a CPI não pode se curvar. Se a CPI se curvar pode esquecer a justiça. Vergonhosa a postura desses militares sangue-sugas da instituição pública. Seriam muito mais coerentes se não passassem recibo com uma nota indecente como a que publicaram. Me digam a quem os brasileiros de bem vão recorrer?