Raul Spinassé/Folhapress

As críticas a Bolsonaro pela investida para desobrigar uso de máscaras

10.06.21 19:19

De parlamentares a presidenciáveis, o meio político teceu duras críticas ao presidente Jair Bolsonaro (foto) após o anúncio de que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, pode editar norma para desobrigar o uso de máscaras de proteção facial por pessoas vacinadas contra a Covid-19 ou que já contraíram o vírus e se recuperaram.

Se publicada, a medida irá na contramão das orientações de entidades médicas, que recomendam a manutenção das medidas de proteção até que um percentual alto da população esteja vacinado. No Brasil, somente 11,1% dos cidadãos estão totalmente imunizados.

Consultado, o ministério informou que vai elaborar um “estudo” e não um parecer, como disse o presidente, sobre a possibilidade de desobrigar o uso de máscaras à medida que a vacinação avança.

O vice-presidente da CPI da Covid, Randolfe Rodrigues, alegou que o discurso de Bolsonaro comprova que, ao contrário do que disseram Eduardo Pazuello e Queiroga, o Planalto interfere, sim, no ministério. “O presidente quer desobrigar o uso de máscara diante de 479.791 mortes por covid no país. Uma demonstração clara de como o negacionismo está matando o nosso povo“, escreveu o senador, nas redes sociais.

O ex-ministro e presidenciável Ciro Gomes taxou Bolsonaro de “criminoso” e “assassino“. “Bolsonaro quer levar mais brasileiros à morte com suas atitudes anticientíficas. Quem já teve Covid ou foi vacinado continua sendo um possível vetor de contaminação para outras pessoas. Usar máscaras salva vidas“, disse.

O deputado Kim Kataguiri reforçou o coro: “Não é preciso decreto ou lei para ter bom senso. Não é a multa que nos faz usar máscara, mas a preocupação com a saúde dos amigos e familiares. Por isso, sugiro que sigamos seguindo a ciência. Ignorem o presidente“.

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