Correios cobram ressarcimento de R$ 136 milhões da Global, sócia da Precisa
A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos cobra, em processo que corre em segredo de Justiça, o ressarcimento de exatos 136,9 milhões de reais da Global Gestão em Saúde, empresa sócia da Precisa Medicamentos. Segundo os Correios, a Global foi contratada pela Postal Saúde, a caixa de assistência dos funcionários, com a finalidade única de lesar...
A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos cobra, em processo que corre em segredo de Justiça, o ressarcimento de exatos 136,9 milhões de reais da Global Gestão em Saúde, empresa sócia da Precisa Medicamentos. Segundo os Correios, a Global foi contratada pela Postal Saúde, a caixa de assistência dos funcionários, com a finalidade única de lesar os cofres da empresa estatal.
Em 29 de fevereiro de 2016 o contrato foi rescindido, unilateralmente, pelos Correios, que iniciaram uma batalha judicial para reaver o dinheiro. O contrato em questão, fechado entre a Global e a Postal Saúde, era para “´prestação de serviços de gerenciamento de benefícios e de plano de medicamentos”.
Em processo que corre na 18ª Vara Justiça Federal em Brasília, a área jurídica dos Correios pede que seja decretada a indisponibilidade dos bens da Global no montante de 136,9 milhões de reais com o objetivo de ressarcir os prejuízos financeiros causados. A ação cobra ainda que todos os "efeitos lesivos” do contrato com a Global “devem ser expurgados pelo Poder Judiciário, com o devido ressarcimento à ECT dos valores pagos indevidamente”. A Justiça ainda não tomou nenhuma decisão.
Crusoé teve acesso a detalhes processo que corre na Justiça. Também apurou que a Corregedoria-Geral dos Correios abriu uma auditoria para investigar a Global e os funcionários da estatal responsáveis pelo contrato. A auditoria está na fase das alegações finais, mas já apontou indícios de superfaturamento de 30 milhões de reais no mesmo contrato da Global com a Postal. O relatório que definirá as penalidades que serão aplicadas à empresa ainda não foi concluído porque a corregedoria tem tido dificuldade para localizar Francisco Maximiano, dono da Global e da Precisa, para que ele apresente sua defesa.
Como não conseguiram contato com Maximiano e com a Global, que segundo a corregedoria têm endereço “incerto e impreciso”, foi publicado um edital nesta quinta-feira, 29, dando o prazo de 10 dias para que a empresa e seu dono apresentem sua defesa dentro do processo.
A Global integra o mesmo grupo da Precisa Medicamentos, que chegou a fechar um contrato suspeito de superfaturamento com o Ministério da Saúde para o fornecimento de doses da vacina indiana Covaxin. O caso está sendo investigado pela CPI da Covid.
A auditoria interna dos Correios teve início em 2019, quando os pedidos de ressarcimento já haviam sido impetrados na Justiça -- ou seja, bastaria uma análise rápida do governo para descobrir que o grupo que tentava comercializar bilhões em vacinas tinha um histórico nada abonador.
Além do caso dos Correios, a Global também era alvo também de um processo movido pelo Ministério Público em razão de um contrato milionário fechado com o Ministério da Saúde para a venda de medicamentos que nunca foram entregues. O deputado Ricardo Barros, líder do governo de Jair Bolsonaro, também está entre os alvos do processo. Ele era o ministro da Saúde à época da assinatura do contrato.
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Comentários (9)
Miriam Wey Martz Nogueira
2021-08-02 14:06:06Nos governos petistas a Global conseguiu causar prejuízo para o erário! Apurem! Dar prejuízo para fundo de pensão dos correios e imoral!
Sonia
2021-08-02 13:49:09Pena que os Correios não façam uma auditoria interna para examinar as causas de sua atual incomensurável incompetência. Foram empresa altamente confiável, agora nem conseguem entregar as encomendas no prazo que dão. Péssima empresa.
Jose
2021-08-01 09:04:02Nào entendi. O que os Correios tem a ver com a Postal Saúde, que deveria ser provada e gerenciada pelos próprios funcionários dos Correios?
PAULO
2021-07-31 19:26:56Não conseguem encontrar o Max. Parece que para fazer negociata é mais fácil achá-lo. Ricardo Barros, líder do governo Bolsonaro na Câmara, parece ter um maior acesso ao vigarista. O cara deu um cano no Ministério da Saúde, está enrolado com os Correios, e o próprio Ministério da Saúde fecha um negócio de 1,6 bi com o camarada do Ricardo Barros. Isso é porque o Bolsonaro falou que implementou medidas de combate à corrupção no Ministério da Saúde. Acham que os brasileiros são palhaços.
Sillvia2
2021-07-31 18:06:04Como pode um ministro da CGU ser tão engajado e tendencioso em favor de governo tão corrupto? BOZOLISMO E PETISMO são iguais, assaltantes em ataque aos cofres públicos do país…
Humberto
2021-07-31 15:14:09Caro José !!! ACGU através do ministro capacho Rosário , descobriu de falsificação de documentos, proform Invoice ai cancelou o contrato , convocou uma coletiva junto com o capacho Queiroga, mas concluímos que depois desta Idônea Empresa(kkk) , o Preço foi de Mercado!!! Somos todos Otarios Burros e pertencente a Gadolandia por esta corja de Bandidos !!!!!
JOSE
2021-07-31 14:02:05Cada dia mais o Bolsonarismo se parece com o Lulismo. Tá difícil perceber diferenças.
MARCOS
2021-07-31 13:29:46esqueci um: PRECISA=GLOBAL=FUNCIONÁRIO DO CORREIO QUE AUTORIZOU O NEGÓCIO=LADRÕES=CADEIA=NO BRASIL? KKKKK....NUNCA.
MARCOS
2021-07-31 13:28:27precisa=global=ladrões=cadeia