Conclusão do Rodoanel em SP custará mais R$ 1,7 bilhão

Após realizar um pente-fino no extenso canteiro de obras paralisado ao longo dos últimos meses, o governo João Doria (foto) calcula que terá de gastar mais 1,7 bilhão de reais para concluir o trecho norte do Rodoanel, em São Paulo.

A obra é alvo de investigação da Lava Jato paulista, que já denunciou 14 pessoas, entre executivos de empreiteiras e agentes públicos da estatal Dersa, por suspeita de fraudes e desvios que teriam causado prejuízo de 480 milhões de reais ao estado.

Doria herdou a obra parada da gestão de Geraldo Alckmin e de Márcio França e com metade dos contratos rescindidos. Em maio deste ano, o tucano rompeu os contratos restantes e iniciou uma auditoria para saber exatamente quanto ainda falta ser executado.

Com base em relatórios do Instituto de Pesquisas Tecnológicas, o governo paulista estima que ainda restam cerca de 20% de obras civis, como a conclusão de pontes, o acabamento de túneis e a pavimentação da via.

O governo ainda estuda juridicamente a melhor forma de retomar a construção do empreendimento de 47,6 km, que já custou quase 10 bilhões de reais, incluindo as desapropriações, e deveria ter sido entregue por Alckmin em 2016.

A maior probabilidade é fazer uma nova licitação para todos os seis lotes da obra, o que só deve ocorrer no ano que vem. Os contratos serão assinados com prazo de conclusão de 18 meses. Ou seja, perto de 2022, quando Doria deve se candidatar à Presidência da República.