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Como o impasse político afeta a população de Israel

29.09.19 12:13

Israel teve duas eleições em menos de seis meses. Na última semana, o presidente, Reuven Rivlin, deu a Benjamin Netanyahu a missão de formar uma coalizão de governo. Ele está em negociações com Benny Gantz, do partido Azul e Branco (na foto, Gantz, Rivlin e Netanyahu, da esquerda para a direita). Se Netanyahu e Gantz não conseguirem cumprir a missão, novas eleições poderão ocorrer até março.

O impasse político tem consequências para a população. Não há como enviar verbas para novos projetos governamentais, como a construção de um hospital. Indicações para cargos importantes, como o de diretor-geral da polícia ou do sistema penitenciário, permanecem congeladas. “Neste momento, apenas dois desses cargos estão ocupados, mas de forma temporária”, diz o cientista político André Lajst, da ONG StandWithUs.

O Parlamento, o Knesset, também está paralisado. Dezenas de propostas de leis estão paradas. “Quanto mais tempo o país ficar nesse impasse, mais aumenta a possibilidade de não se aprovar o orçamento para 2020, o que pode obrigar o próximo governo a usar o orçamento de 2019 com correção monetária. Isso limitaria o investimento público em diversas áreas”, diz Lajst.

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    1. Uirá, você não sabe nada sobre o meu povo. Por favor pare de nos desrespeitar. 🇮🇱

  1. As opções deveriam ser separadas não pelo resultado que elas podem propiciar, mas pelas dúvidas e incertezas que as impedem de ser alcançadas. A melhor opção é aquele que dá o resultado mais próximo do desejável e que possui menos dúvidas e incertezas para se alcançada. Para se fazer a análise correta é necessário saber quais são TODAS as opções disponíveis. Quando as pessoas confiam demais no poder, elas acabem descartando as opções menos "gloriosas", mas mais prováveis.

  2. O futuro a Deus pertence, portanto é sempre bom ter uma margem de segurança e não apostar todas as fichas para não se acabar sem opções. Enquanto elas ainda existem, todas devem ser analisadas e ponderadas, a partir do momento que alguém faz uma escolha com um grau de risco elevado, ele se torna refém dela e de circunstâncias sobre as quais não tem controle. Antes de se pensar no poder, é melhor se pensar em tudo o que não se pode controlar.

  3. Um dos segredos para uma carreira vitoriosa é saber quando pendurar a chuteira, às vezes a despedida pode não ser a mais memorável, mas ainda é melhor do que ser aposentado compulsoriamente e sair à revelia. Para tudo nesta vida há uma solução no meio, desde que as pessoas estejam dispostas a abrir mão de algo. O poder é sedutor e parece eterno, mas na vida não há como escapar, todo homem, se exceção, terminará na cadeia ou na cova.

  4. Cada 1% de eleitores que ele puxar para si é 1% a menos para seus concorrentes, mesmo alguns pontinhos podem ser o suficiente para mudar a tendência de desgaste. No entanto, considerando todo os esforço, os riscos envolvidos, talvez a melhor solução pudesse ser escolher uma saída mais discreta e uma aposentadoria, desde que com algumas garantias ou acordo de que as acusações e suspeitas contra ele e os seus fossem encerradas sem possibilidade de serem retomadas à frente.

  5. Além do mais, isto tipo de estratégia tem um problema, ele ajuda a criar uma simpatia pelo grupo alvo do tratamento mais duro, seja os palestinos ou só os árabes israelenses. Se ele pretende no mínimo reduzir o seu desgaste com o público fora de sua base, então deveria analisar quais pontos na sua retórica causam desgaste junto a eles e que são relativamente neutros para a sua base. Se ele suavizasse um pouco seu discurso, não perderia votos junto à sua base e poderia desequilibra a disputa.

  6. Se a opção dele for tentar manter o impasse e caminhar para uma nova eleição, então teria que provar que é a melhor alternativa, apesar dos pesares. Mas mais uma vez, ele pode estar só adiando o inevitável, ele pode viver mais 30 anos ou só um, ele pode perder a eleição. Ao adotar uma retórica mais beligerante ele provavelmente atendeu à sua base mais fiel e assim logra mantê-la, mas o contratempo disto é que afasta o restante do eleitorado.

  7. O calcanhar de Aquiles dele são as acusações ou suspeitas de corrupção, elas são consistentes e envolvem no mínimo uma teia de gente, o que torna mais difícil ele tentar negociar uma saída que só o atingisse. Mesmo que ele manobrasse e lograsse êxito em obter mais um mandato? Quem disse que o futuro não poderia reservar surpresas desagradáveis para os seus? As pessoas às vezes só estão adiando o acerto de contas ou no máximo deixando para que outros paguem no lugar deles.

  8. A questão é que se ele não consegue crescer junto ao eleitorado, isto abre uma brecha para que os seus adversários comecem a testar o discurso e, mesmo que o impasse perdurasse, eleição após eleição eles iriam minando a posição dele e manobrando para formar uma minoria. Mesmo que ele ficasse nos mesmos patamares, isto não seria suficiente, pois alguém com alguma habilidade teria condições suficientes para formar uma maioria.

  9. Quanto mais o impasse demorar, maior tende a ser o desgaste de Netanyahu, pois ele será visto como um dos principais responsáveis pelo impasse, se não o único. Mesmo que ele consiga seguir mantendo a situação indefinidamente, isto não significa que ele não criará brechas para que se forme uma coalizão contra ele ou alguém consiga superá-lo. De alguma forma ele tem uma base sólida, mas parece estar se sustentando menos por seus méritos e mais pela falta de habilidade de seus adversários.

  10. Enquanto isso em terras tupiniquins, nosso brilhante governo de turno joga todas as suas fichas conforme indicaçáo dos bannons da vida,,,,e para piorar estamos com a sindrome de micky jagger, perdendo todas e se isolando com essa fardo,,,pobre Brasil, chega dessa coisa tosca....molusco e sucessores (todos)

    1. Pois é...Bom teria sido um Maldhad ou uma Maconhela. Ou a larva ambientalista, estadistas.

    2. Isolado ele está a mais de 25 anos. Um honesto no meio de corruptos, de ladrões e de aproveitadores. 🇧🇷 B17 + Moro 2022.

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