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Como fica a Rússia no meio da atual rixa entre Venezuela e EUA

31.03.20 16:46

Pressionado de todas as formas pelos Estados Unidos, o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, tem tentado demonstrar que ainda conta com apoio da Rússia.

Quatro dias após o Departamento de Justiça americano ter acusado o ditador Nicolás Maduro de narcotráfico e de ter oferecido uma recompensa de 15 milhões de dólares para quem der informações que levem à sua captura, Maduro recebeu as credenciais do novo embaixador russo em Caracas, Sergey Melik-Bagdasarov (foto).

Mas o apoio da Rússia não é tão garantido como Maduro gostaria. Nesta terça, 31, o secretário de estado americano, Mike Pompeo, ofereceu um plano para uma transição democrática na Venezuela. A proposta aconteceu um dia após uma conversa entre Donald Trump e o presidente da Rússia, Vladimir Putin.

“Acredito que esteja acontecendo um jogo por cima do governo de Maduro, que possivelmente envolve alguns atores locais na Venezuela”, diz o analista internacional argentino-venezuelano Andrés Serbin, da consultoria Cries, em Buenos Aires. “A Rússia parece estar querendo resolver a questão com uma negociação entre governos, o que explicaria a venda de ativos da Rosneft recentemente”, diz Serbin.

Após a imposição de sanções americanas no ano passado, a estatal russa de petróleo Rosneft se tornou a única companhia a comprar e distribuir o petróleo venezuelano. Como os Estados Unidos impuseram sanções diretamente contra a empresa no início deste ano, os russos preferiram soltar a batata quente venezuelana.

No sábado, 29, a Rosneft anunciou a interrupção de suas operações na Venezuela e a venda de seus ativos. A estatal se desfez de várias empresas mistas com os venezuelanos, como a Petromonagas, Petroperijá, Boquerón, Petromiranda e Petrovictoria.

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