Como a invasão russa da Ucrânia mexe com a opinião pública em outros países
A guerra declarada pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, contra a Ucrânia, teve vários reflexos na opinião pública em diversos países. Uma das nações que registraram grandes mudanças foi a Finlândia, que faz fronteira com a Rússia e foi parte do império czarista. Nos últimos cinco dias, os finlandeses organizaram diversos protestos contra a guerra...
A guerra declarada pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, contra a Ucrânia, teve vários reflexos na opinião pública em diversos países.
Uma das nações que registraram grandes mudanças foi a Finlândia, que faz fronteira com a Rússia e foi parte do império czarista. Nos últimos cinco dias, os finlandeses organizaram diversos protestos contra a guerra (foto). A comoção também tem aumentado a fatia dos seus cidadãos que apoiam a entrada na Organização do Tratado do Atlântico Norte, a Otan.
Na última pesquisa do instituto Yle, 53% dos finlandeses apoiaram a adesão à Otan, enquanto 28% foram contra. É a primeira vez que a maioria da população apoia a entrada na aliança. Em 2017, apenas 19% eram a favor.
Nos Estados Unidos, 83% dos americanos se declararam favoráveis a impor sanções mais duras contra a Rússia, segundo uma pesquisa da rede CNN. Em uma enquete anterior, feita pelo jornal Washington Post, 67% apoiavam sanções mais rígidas.
Os americanos, contudo, continuam majoritariamente contra o envio de soldados para o conflito. Caso as sanções falhem para deter o presidente Russo Vladimir Putin, 58% são contra uma uma ação militar.
Além disso, a imposição de sanções e as ameaças feitas pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, não melhoraram sua aprovação popular. Outra pesquisa do Washington Post, divulgada no domingo, 27, mostra que 37% dos americanos aprovam seu trabalho, o menor índice desde que Biden começou seu mandato na Casa Branca, há um ano. A preocupação principal dos americanos é que, com a crise internacional, a economia americana seja afetada.
Na França, a expectativa é que a guerra afete negativamente os pré-candidatos presidenciais com boas relações com a Rússia. Isso inclui políticos dos dois extremos, que têm buscado consertar algumas declarações anteriores.
Entre eles está Jen-Luc Mélenchon, de extrema-esquerda, que sempre rejeitou os Estados Unidos e a Otan. No passado, ele afirmou que era preciso impedir a entrada da Ucrânia na Otan e que a Rússia "não era uma inimiga, mas um parceiro". Após o início da guerra, Mélenchon condenou a invasão.
Na extrema-direita francesa, quem pode ser prejudicada é Marine Le Pen. Ela já recebeu apoio financeiro do Kremlin e visitou Putin, em Moscou. Em 2014, Le Pen apoiou a invasão russa da península da Crimeia, na Ucrânia. Na quinta, 24, ela divulgou um comunicado no seu site dizendo que a operação militar russa "deve ser condenada sem ambiguidade".
Ainda que política externa seja um tema de pouca importância nas eleições francesas, o enfraquecimento dos dois extremos poderia ajudar o presidente Emmanuel Macron a se reeleger em abril.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (3)
PAULO
2022-02-28 20:16:03Um carniceiro invade um país soberano, mata e destrói, e parte dos cidadãos do mundo, preocupados que vai ficar mais caro encher o tanque, ou q a carne vai ter aumento de preço. Somos seres humanos ou ratos? Se preciso, eu ando a pé. Se preciso, eu faço 2 refeições ao dia. Mas não quero comer um prato de comida mais barato, às custas da morte de ucranianos. Minha mãe sempre me disse. Esteja sempre do lado certo, CUSTE O QUE CUSTAR, até se o preço, for a sua vida.
Jose
2022-02-28 19:56:18Kkkkkk. Le Pen, a amiguinha do Bozo, está na conta do nanico de São Petesburgo. A máscara caiu. Todos estes direitistas radicais são na verdade apenas comunistas KGB. Kkkkkkkkkkkkkk. Os bozistas são comunistas KGB!
MARCIO
2022-02-28 19:49:29Enquanto todos repudiam a Rússia, a falsa direita gadal e a esquerda apóiam Putin